Redação – Uma injustiça salta aos olhos na frente do prédio da Justiça Federal em Curitiba. A poucos passos do prédio onde trabalha o juiz Sérgio Moro e equipe da Lava Jato foi construída uma casinha de madeira. No local, várias faixas com dizeres a favor da Lava Jato, da prisão dos corruptos. A questão é que os usuários daquele espaço cometem a ilegalidade da invasão de um bem público, uma praça. Mas como são pela Lava Jato, podem fazer o que quiserem.

No último dia 03 de maio, alguns dos “amarelinhos” foram para o local protestar por causa da libertação do líder petista José Dirceu. Como do outro lado havia um número bem maior de pessoas a favor da libertação, os invasores chamaram a polícia. A PM lá chegou, se postou em fila dupla, atrapalhando o tráfego, para dar, ostensivamente, apoio aos invasores da praça pública. 

Carros dos “amarelinhos” foram estacionados em vagas de idosos e cadeirantes. Mesmo alertados pelos manifestantes do outro da rua, os policiais não se mexeram para multarem os infratores. Foram feitos até cartazes com as placas dos carros estacionados em local proibido, para chamar a atenção daqueles que trabalham para manter a ordem pública.

No final da manifestação, logo depois que o carro que levava José Dirceu saiu do prédio da Justiça, uma senhora foi para cima dos manifestantes de esquerda, com dedo em riste e empurrando outras pessoas. Os manifestantes solicitaram que os policias a tirassem do local, o que foi feito às custas de empurrões em quem estava no local previamente combinado. 

Coisa mais estranha: pessoas que exigem justiça cometem ilegalidades flagrantes e policiais, que deveriam coibir, dão apoio aos infratores. Este é um pequeno exemplo do que chamam de “República de Curitiba”. Dizem querer consertar o Brasil, mas são impunes quando cometem infrações que desconsertam cada vez mais as regras de cidadania.