As últimas notícias sobre a pandemia de coronavírus

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Compartilhado de DW-Deutsche Welle – 

UE, China e Rússia criticam decisão de Trump sobre a OMS. Premiê da Nova Zelândia reduz próprio salário. Veterano brasileiro da 2ª Guerra, de 99 anos, se cura. Espanha tem nova redução nas mortes. 

Washington Weißes Haus PK Coronavirus Trump (AFP/M. Ngan)

Resumo desta quarta-feira (15/04):

  • Mais de 2 milhões de casos confirmados em todo o mundo
  • UE, China e Rússia criticam decisão de Trump sobre a OMS; Alemanha reforça comprometimento
  • Premiê da Nova Zelândia reduz próprio salário
  • Alemanha tem mais de 3 mil mortos
  • Veterano brasileiro da Segunda Guerra se cura do novo coronavírus
  • Turquia liberta prisioneiros

As atualizações estão no horário de Brasília (para atualizar, pressione Ctrl+F5):




14:00 – Secretário de Vigilância em Saúde pede demissão

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, pediu demissão, confirmou o Ministério da Saúde. Oliveira é um dos principais responsáveis na pasta pelas ações de combate ao coronavírus.

Assim como o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o secretário defende o isolamento social para conter a propagação do vírus, criticado pelo presidente Jair Bolsonaro devido aos impactos na economia. O próprio Mandetta avisou sua equipe que será demitido até esta sexta-feira.

Nas últimas semanas, Oliveira vinha participando das coletivas de imprensa, ao lado de Mandetta e do secretário executivo do ministério, João Gabbardo, para apresentar os dados e as ações da pasta de enfrentamento ao novo coronavírus. O Ministério da Saúde não informou se já foi escolhido um substituto para ocupar o cargo.

Wanderson atuava no Ministério da Saúde há 16 anos e atuou na coordenação da resposta nacional ao vírus zika, em 2015, e ao H1N1, em 2009.

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira
O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira

12:00 – G20 suspende pagamentos das dívidas dos países mais pobres

Os países do G20 concordaram em suspender os pagamentos das dívidas das nações mais pobres do mundo, as mais vulneráveis aos efeitos da pandemia de covid-19.

A medida será válida a partir do dia 1º de maio, se estendendo até o final do ano, e poderá ainda ser ampliada após uma análise do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a sustentabilidade das dívidas dos países que recebem ajuda financeira.

“Apoiamos a suspensão com limite de tempo dos serviços de pagamento das dívidas para as nações mais pobres que requerem tolerância”, afirma uma declaração conjunta dos ministros das Finanças e Economia das vinte maiores economias do mundo. “Todos os credores oficiais bilaterais participarão dessa iniciativa”, diz o texto.

Na nota, os países do G20 pedem que os credores privados que trabalham através do Instituto de Finanças Internacionais também participem da iniciativa “em termos comparáveis”.

11:45 – Mais de 2 milhões de casos confirmados em todo o mundo

Dados da Universidade John Hopkins nos Estados Unidos confirmam que o mundo superou nesta quarta-feira a marca de 2 milhões de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. O número exato, segundo a instituição de pesquisas médicas, é de 2.000.948.

O total de mortes por covid-19 aumentou para 128.071. Quase 200 países em todo o mundo convivem com a doença.

11:16 – Alemanha estende controles de fronteira até 4 de maio

O ministro do Interior, Horst Seehofer, ordenou a ampliação dos controles nas fronteiras alemãs com a Áustria, Suíça, França, Luxemburgo e Dinamarca até 4 de maio, num esforço para deter a disseminação do novo coronavírus entre a Alemanha e os países vizinhos. As restrições também são válidas para os voos vindos da Itália e da Espanha.

Apesar de a medida não ser aplicada na fronteira do país com a Holanda e a Bélgica, as autoridades intensificarão os controles em uma linha fronteiriça de 30 quilômetros de extensão.

Os controles de fronteiras foram instituídos em meados de março. Estrangeiros e não residentes não podem entrar no país sem uma justificativa válida.

A pandemia de coronavírus levou a Alemanha a impedir a entrada no país de estrangeiros ou não residentes que não possuam uma justificativa válida, como cidadãos europeus que precisam passar pelo território alemão para chegar até seus países ou caminhoneiros que transportam bens importantes. A entrada no país é permitida apenas através de determinados pontos da fronteira.

10:04 – Líderes mundiais condenam decisão de Trump de suspender apoio à OMS 

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de suspender o apoio financeiro de seu país à Organização Mundial da Saúde (OMS) gerou uma onda de críticas entre governos e especialistas em todo o mundo. Muitos consideram que o americano, que inicialmente minimizou o perigo representado pelo coronavírus, apenas prejudica os esforços globais para combater a pandemia de covid-19 ao atribuir culpa à agência da ONU.

O porta-voz do Ministério chinês do Exterior, Zhao Lijian, afirmou que a atitude de Trump “enfraquece a capacidade da OMS e prejudica a cooperação internacional” em um “momento crítico” no combate à pandemia. “Isso afetará os países de todo o mundo, inclusive os Estados Unidos, mas especialmente, aqueles com capacidades mais frágeis”, alertou.

O vice-ministro do Exterior da Rússia, Serguei Ryabkov, disse que a atitude de Trump é egoísta. “É a manifestação de uma abordagem muito egoísta das autoridades americanas em relação ao que está acontecendo no mundo”, afirmou.

A porta-voz do governo da França, Sibeth Ndiaye, disse que seu país lamenta a decisão americana. Ela expressou a posição do governo francês após uma reunião do gabinete do presidente Emmanuel Macron, no qual foi aprovado um pacote de 110 bilhões de euros para resguardar a economia francesa do impacto gerado pela pandemia.

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, afirmou que a OMS é essencial para o combate à pandemia. “Em um momento como esse precisamos compartilhar informações e de aconselhamento no qual possamos confiar, e a OMS vem nos fornecendo isso”, observou. “Continuaremos a apoiá-la e a dar a nossa contribuição.”

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse simpatizar com as críticas de Trump à OMS, especialmente, segundo afirmou, no apoio da entidade à reabertura dos mercados chineses, onde animais vivos e mortos são comercializados livremente. Ainda assim, observou que “a OMS, como organização, faz muitos trabalhos importantes, inclusive aqui na região do Pacífico, e nós trabalhamos em estreita colaboração com eles”, disse o premiê.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, ressaltou que esta não é a ocasião adequada para medidas que reduzam os recursos da OMS. “Esse é o momento para união e para a comunidade internacional trabalhar em conjunto para deter o vírus e suas desastrosas consequências”, afirmou.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, não comentou a decisão do governo americano, preferindo ressaltar que o objetivo da entidade está em salvar vidas. “Não há tempo a perder. O foco único da OMS é trabalhar para servir a todas as pessoas, salvar vidas e deter a pandemia de covid.19”, declarou em seu perfil no Twitter.

Os Estados Unidos são o país com o maior número de vítimas da pandemia de covid-19, com mais de 26 mil mortos.

08:50 – Chefe da diplomacia da UE lamenta decisão de Trump de suspender apoio à OMS

Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia (UE), disse em seu perfil no Twitter que lamenta profundamente a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de suspender as contribuições financeiras de seu país à Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Não há motivo que justifique essa medida em um momento em que esforços são mais necessários do que nunca para conter e mitigar a pandemia de coronavírus. Apenas através da união de forças poderemos superar essa crise que não reconhece fronteiras”, afirmou Borrell.

07:32 – Turquia inicia libertação de prisioneiros

A Turquia concedeu liberdade a milhares de prisioneiros em centros de detenção em Istambul, Ancara, Izmir e outras cidades, informou a agência estatal de notícias Anadolu. O objetivo da medida é reduzir a superlotação nos presídios do país para conter a disseminação de covid-19.

Uma lei aprovada no Parlamento do país permite a libertação de até 90 mil detentos que estão aptos a receber liberdade condicional ou cumprir suas penas em prisão domiciliar.

07:05 – Comissão Europeia recomenda diretrizes para relaxamento das medidas de restrição na UE 

A Comissão Europeia recomendou três pré-condições para que as restrições impostas pelos países europeus para conter a disseminação do novo coronavírus sejam removidas: a observação de critérios epidemiológicos, assegurar capacidade suficiente para o sistema de saúde e vigilância, na forma de testes em larga escala.

Essas restrições foram necessárias, mas vieram com um “custo enorme”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em entrevista coletiva ao lado do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em Bruxelas.

“Apesar de que o caminho de volta à normalidade será bastante longo, também está claro que as medidas extraordinárias de confinamento não podem durar indefinidamente”, afirma o documento do Executivo da União Europeia (UE) que contém as diretrizes para os países do bloco, que visa “preparar o terreno para um plano compreensivo de recuperação e investimentos sem precedentes”.

Charles Michel afirmou que o próximo orçamento de longo prazo da UE deve ser utilizado para viabilizar a recuperação econômica após a pandemia. Ele afirmou que os líderes europeus discutirão a revogação de seus planos para o orçamento do bloco para o período 2021-2027 em videoconferência no dia 23 de abril.

“O próximo orçamento europeu deve ser a resposta europeia para a crise do coronavirus”, reforçou Von der Leyen.

Ela afirmou que a UE realizará no dia 4 de maio uma conferência online de doadores, para que governos e organizações possam ajudar a financiar a busca por uma vacina contra o coronavírus. “Para apoiar essa iniciativa, são necessários recursos”, disse a presidente da Comissão. “Espero que países e organizações respondam a esse chamado.”

06:35 – Espanha registra nova redução no número de mortes 

O número de mortes por covid-19 na Espanha voltou a cair nesta quarta-feira, com 523 óbitos registrados nas últimas 24 horas, em contraste com os 567 do dia anterior. Segundo o Ministério espanhol da Saúde, o total de mortes no país aumentou para 18.579, com 177.633 casos confirmados.

Ermando Armelino Piveta
Piveta deixa o Hospital das Forças Armadas, em Brasília, sob aplausos

06:06 – Veterano brasileiro da Segunda Guerra sobrevive ao coronavírus

Ermando Armelindo Piveta, de 99 anos e morador do Distrito Federal, é a pessoa mais velha a se recuperar de uma infecção pelo novo coronavírus, segundo o Ministério da Saúde. Ele foi internado no Hospital das Forças Armadas em 6 de abril e recebeu alta nesta terça-feira. Piveta foi segundo-tenente da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e participou da Segunda Guerra Mundial, participando da proteção das costas brasileiras a bordo do navio Almirante Alexandrino.

A notícia da recuperação do veterano foi destaque em váriossites na Alemanha.

06:00 – Alemanha tem mais de 3 mil mortos

A Alemanha tem, segundo os números oficiais, divulgados pelo Instituto Robert Koch (RKI), um total de 125.584 infecções pelo novo coronavírus, o que representa um aumento de 2.486 em relação ao dia anterior. Dos infectados, cerca de 72.600 estão curados. Nas últimas 24 horas houve mais 285 mortes relacionadas com a pandemia, elevando o total para 3.254.

05:41 – Premiê da Nova Zelândia reduz próprio salário

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou que vai reduzir o seu salário em 20% pelos próximos seis meses devido à crise do novo coronavírus. O corte valerá também para os ministros e outros altos cargos do governo, como chefes de estatais. O líder da oposição, Simon Bridges, disse que seguirá o exemplo de forma voluntária. O salário anual da premiê equivale a 286 mil dólares.

05:05 – Alemanha reforça comprometimento com a OMS

Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que seu país irá suspender as contribuições financeiras à Organização Mundial de Saúde (OMS), o ministro do Exterior das Alemanha, Heiko Maas, reforçou o comprometimento do governo alemão para com a entidade sediada em Genebra.

“A atribuição de culpa não ajuda. O vírus desconhece fronteiras”, disse Maas em seu perfil no Twitter. “Temos que reforçar a cooperação contra a covid-19. Um dos melhores investimentos é o fortalecimento da ONU, especialmente da subfinanciada OMS, por exemplo, através do desenvolvimento e distribuição de testes e vacinas.”

A decisão de Trump de remover o apoio dos EUA à OMS enquanto aumentam as mortes por covid-19 em todo o mundo foi amplamente criticada por especialistas em doenças infecciosas.

Resumo desta terça-feira(14/04):

  • Mundo tem mais de 1,9 milhão de casos confirmados, mais de 125 mil mortes e 474 mil recuperados
  • Brasil tem 25.262 casos confirmados e 1.532 mortes, segundo o Ministério da Saúde
  • Governadores Wilson Witzel e Helder Barbalho contraíram coronavírus
  • FMI estima que economia global vai sofrer retração de 3% em 2020
  • Trump suspende contribuições à OMS
  • Índia estende medidas de isolamento
  • Áustria e Itália começam a reabrir o comércio parcialmente

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