Assassinatos em Campinas: Quem inventou o amor não fui eu, mas o ódio é reinventado na tela, nos jornais, nos rádios…

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Redação – O sempre certeiro em se tratando de amor,  Dorival Caymmi, diz que “quem inventou o amor não fui eu e nem ninguém”, mas nós sabemos quem  reinventa, alimenta, o ódio todos os dias. O ódio está no olhar do quem se acha acima do outro; está no comportamento daquele que disseminam boatos raivosos; naquele que ao bradar sobre a violência na tela de TV está colocando uma arma na mão de um incauto. A arma do assassino de Campinas foi empunhada pelos ditos jornalistas dos programas policias da tarde, que incentivam a violência, a justiça com as próprias mãos, descaradamente ; a violência está na boca do apresentador bonitinho da noite, com voz empostada, que amplia um fato, mesmo sendo esse questionável, e omite outro, mesmo sendo esse fundamentado; e essa mesma violência amanhece nos “bons dias” televisivos,  condimento já peculiar ao lado do pão, da margarina e do café.

O ódio respinga nas sentenças judiciais infundadas, vindas de ações sem maiores investigações, com convicção, mas sem provas. Está nas mãos dos profissionais da imprensa que não têm coragem ou, às vezes, talento para apontar as falhas. Pelo contrário, embalam a “mercadoria” e a entregam para o consumidor incauto. E esse sai por aí, falando por aí que isso e aquilo, que direitos humanos é para bandido, que mulher é vadia e que no PT só tem ladrão.




Quem inventou o amor não fui eu, mas quem colocou o ódio nas manchetes, na pauta diária eu sei quem foi. E o pior: estas manchetes vendem muito. É um moto-contínuo. Chegamos imaginar profissionais esfregando as mãos de satisfação, pois sabem que a audiência com a desgraça vai aumentar e que eles vão aparecer mais ainda com as luzes dos holofotes. A violência é carniça nos bicos dos urubus.

A carta deixada por aquele que tentou atestar seu ato brutal deixa claro quem são os seus mentores. Lógico que há exceções,  mas hoje, infelizmente, os fascistas estão fazendo mais cabeças.

O ano de 2016 foi o ano em que o ódio foi mais disseminado e teve seu “grande final com o assassinato de 12 pessoas em Campinas.  Haja sangue para tantas mãos que seguraram a arma do assassino.

 

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