Como os palestinos enfrentam no dia a dia as forças de ocupação israelense
POR ANTONIO MELLO, COMPARTILHADO DA REVISTA FÓRUM
Foto de 2018: O palestino Saber al-Ashkar, 29 anos, atira pedras durante confrontos com forças israelenses ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, a leste da Cidade de Gaza, em 11 de maio de 2018, enquanto os palestinos manifestam-se pelo direito de retornar às suas terras históricas onde hoje é Israel .
Mahmud Hams/AFP/Getty Images
Chamar de guerra o massacre de uma população civil por um exército regular é a mãe de todas as manipulações. E essa manipulação da mídia ocidental é tão intensa que mesmo quem sabe que não se trata de guerra, mas de um massacre, se pega falando em guerra quando se refere ao que está acontecendo em Gaza.
Não, não é guerra. E não é de hoje que não é guerra. É massacre, é extermínio de uma população civil, que tem suas terras ocupadas há 75 anos, e cada vez mais ocupadas. E já há o objetivo, ainda velado, mas já disparado aqui e ali, de que a área norte de Gaza a ser ocupada pelas tropas do exército de Israel, com as armas mais avançadas do mundo fabricadas pelos Estados Unidos, vai ser anexada a Israel, como quase toda a Palestina.
Ah, mas há o Hamas. O Hamas é um grupo, dentro de milhões de palestinos. E mesmo o Hamas, com armamento inferior, morteiros de fabricação própria, artesanais, são um Exército de Brancaleones perto do poderio das Forças Armadas israelenses com tanques, aviões, mísseis.
É a bíblica luta de David contra Golias, sendo que hoje Israel é o Golias, como mostram essas imagens da resistência palestina enfrentando com o que tem à mão o exército de Israel.
Não é guerra. É massacre. E, como diz Galeano: Para roubar.