Ataque a hospital em Gaza deixa ao menos 500 mortos, dizem palestinos

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Segundo informações do governo da Palestina, o suposto ataque israelense teria resultado na morte de mulheres e crianças em Gaza

Por Mateus Salomão, compartilhado de Metrópoles




Imagem colorida mostra ataque a hospital na palestina - Metrópoles

Ao menos 50o pessoas morreram em um suposto bombardeio israelense contra um hospital na Faixa de Gaza, nesta terça-feira (17/10). A informação, segundo a agência de notícias Al Jazeera, foi passada pelo Ministério da Saúde da Palestina.

O ataque contra o hospital al-Ahli Arab Hospital foi classificado pelas autoridades palestinas como um “crime de guerra”.

O perfil na rede social X (antigo Twitter) do Ministério das Relações Exteriores da Palestina afirmou que o ataque, realizado por aviões de Israel, resultou “na morte de centenas de palestinos, o que inclui crianças e mulheres”.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, decretou luto de três dias diante do ataque ao hospital. A informação é da agência oficial WAFA, que confirmou “um grande número de pessoas mortas e feridas”.

Até o momento, a guerra entre Israel e o grupo radical Hamas resultou em mais de 4,4 mil mortes. O levantamento leva em conta informações do Ministério da Saúde da Palestina com dados divulgados pela Embaixada de Israel no Brasil até esta terça-feira (17/10).

Na Palestina, 3.061 perderam a vida. Já as autoridades de Israel informam 1,4 mil mortes. Somados ambos os lados, o número de feridos passa dos 17 mil.

Crise humanitária

Esta terça (17/10) marca o 11º dia da guerra entre Israel e o Hamas. O conflito teve uma escalada em 7 de outubro, quando o Hamas promoveu um ataque-surpresa a Israel. Desde então, Israel tem promovido bombardeios contra a Faixa de Gaza.

Além do lançamento dos ataques no território palestino, o governo de Israel promove um bloquei à Faixa de Gaza. A ação tem levado os mais de 2 milhões de moradores da região a lidar com a escassez de recursos como alimentos, combustível e remédio.

Na noite dessa segunda-feira (16/10), o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) voltou a discutir uma resolução que trata do conflito entre Israel e o grupo radical. O objetivo seria frear a guerra de forma a conter as consequências humanitárias na região.

A cúpula, porém, não chegou a um consenso e será retomada nesta terça-feira (17/10), com uma proposta feita por diplomatas brasileiros. Ontem, com duas minutas na mesa, apenas uma delas foi votada. O texto apresentado pela Rússia pedia um cessar-fogo imediato, além de ajuda humanitária, mas sem condenar diretamente o Hamas.

Acirramento do conflito

O conflito entre os israelenses e o grupo radical intensificou no último dia 7, quando o Hamas empreendeu um ataque-surpresa contra o território israelense. Em retaliação, Israel declarou guerra e passou a promover bombardeios à Faixa de Gaza.

Além do disparo de mísseis contra o território palestino, Israel ameaça ampliar o contra-ataque por meio da invasão da Faixa de Gaza por “ar, mar e terra”. No último sábado (14/10), o porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, afirmou que o ataque à região ocorrerá “muito em breve”.

A tensão também cresceu na fronteira norte, quando, no dia seguinte ao ataque do Hamas, o Hezbollah, grupo armado apoiado pelo Irã, em solidariedade aos palestinos, iniciou o disparo de mísseis contra uma região alvo de disputa entre o Líbano e Israel. Nessa esteira, Israel reagiu, e a troca de ataques segue.

O conflito na fronteira norte acentua a tensão de que um novo ator entre na disputa, o que aumentaria a violência na região. Um documento das Forças de Defesa de Israel (FDI), ao qual o Metrópoles teve acesso, aponta que a participação direta do Hezbollah no conflito poderia levar a uma “guerra destrutiva”.

O relatório das FDI acrescenta que não faz parte dos interesses de Israel escalar o conflito com o Hezbollah, mas que agirá de forma a defender os seus cidadãos, onde quer que sejam ameaçados.

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