Neste 3 de março, em que se comemora o Dia Mundial da Vida Selvagem, não há notícia melhor do que saber que pelo menos uma espécie não está mais na lista daquelas ameaçadas de extinção. É o que aconteceu com a baleia jubarte (Megaptera novaeangliae), na Austrália.
Por Suzana Camargo, compartilhado do site Conexão Planeta
De acordo com o comunicado feito pelo Ministério do Meio Ambiente, no pico das atividades da indústria baleeira, restaram cerca de 1.500 jubartes em águas australianas. Hoje estima-se que a população da espécie chegue a 40 mil.
“Não se trata de remover as salvaguardas para as jubartes, que ainda são uma espécie migratória protegida, mas é um reconhecimento do sucesso dos esforços de conservação em andamento”, disse a ministra Sussan Ley. “Nossa remoção da baleia jubarte da lista de espécies ameaçadas é baseada na ciência e envia uma mensagem clara sobre o que pode ser alcançado por meio de uma ação coordenada. É uma mensagem de esperança para o bem-estar de várias espécies”.
A decisão tomada pelo governo da Austrália foi feita após uma consulta pública e um análise de um Comitê Científico de Espécies Ameaçadas independente.
As baleias jubartes podem ser encontradas em todos os oceanos. Chegam a pesar até 40 toneladas. Se alimentam basicamente de pequenos crustáceos chamados de krills, filtrando água através das barbatanas (placas de queratina que descem do céu da boca). Como é um animal do topo da cadeia alimentar, é um excelente indicador da qualidade e do equilíbrio das águas do planeta.
Esses cetáceos gigantes conseguem dar saltos em que seus corpos saem quase que por completo para fora da água. Suas imensas nadadeiras peitorais podem medir até 1/3 de seu comprimento, algo em torno de 16 metros.
Foto: Sylke Rohrlach/Wikimedia Commons
