Compartilhado de Brasil 247 –
Ex-ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno diz ainda que “as chances de a PF ser utilizada como ferramenta de opressão contra os desafetos” caso vá para outro ministério “serão grandes” e “isso poderá gerar um clima muito pesado no país”
247 – Em meio às notícias de que Jair Bolsonaro pode separar as pastas da Justiça e da Segurança Pública, tirando os ‘superpoderes’ do ministro Sergio Moro, Gustavo Bebianno, que foi amigo e advogado de Bolsonaro, além de ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, comenta o que podem ser os próximos passos do chefe do Planalto.
“Infelizmente, o Jair só pensa em reeleição. A sorte do país é que há alguns ministros que efetivamente trabalham pelo Brasil, e para o Brasil, a exemplo do Sérgio Moro e do ministro da Economia, Paulo Guedes. Essa obsessão pelo poder, combinada com as paranoias de traição, se sobrepõe ao excelente trabalho desses auxiliares. Como o Jair morre de medo do Moro nas urnas, fará de tudo para acabar com ele até 2022”, disse ele ao jornalista Tales Faria, do UOL.
Ele fala ainda do perigo do uso político da Polícia Federal por Bolsonaro, caso a corporação saia mesmo das mãos de Moro. “Até agora, Moro foi o freio que inibiu o uso político da Polícia Federal, o que, com toda certeza, irrita bastante o Jair. Sem o Moro, as chances de a PF ser utilizada como ferramenta de opressão contra os desafetos serão grandes. Isso poderá gerar um clima muito pesado no país”, opinou.