Mais um “causo” sobre o nosso Alfredinho, um batalhador pelas causas libertárias que foi vítima de ato de fascismo nesta semana.
Por Maria Christina Ferreira, Facebook
Frequentei muito o Bip Bip quando morei em Copa, de 82 a 94. Tinha ali os guris amedrontados com a chacina da Candelária. Chamavam a gente de “tio”,”tia”. E contavam casos e filavam cigarro, que naquele tempo podia.
Lembro de um, preto bonito chamado Cosme, que furou o pé num prego e foi parar no Miguel Couto: antibiótico e curativo por sei lá quanto tempo e todo dia eu ia acordar Cosme com um copo de leite e o tal antibiótico. Mais um sanduíche no bar em frente.
De tarde, lá tava Cosme esperando o rango, com os guris de olho comprido e o remédio dele, com alguma refeição. E ainda tinha a cerimônia do lava pés, pra eu depois trocar o curativo todo.
O medicamento da noite ficava por conta de Alfredinho, que dava alguma coisa pra comer, um esporro, que ele é craque nisso e o tal medicamento.
Alfredinho, de Cosmos, manja tudo de malandragem e chegava nos guris cheio de decisão, esporro e afeto.
Às vezes lembro com saudades daquele tempo.
Vejam aqui, no o Cafezinho, texto sobre a violência sofrida por Alfredinho e todos os frequentadores do Bip Bip.
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