Todo mundo já levou este susto quando vai ao mercado: o preço continua o mesmo, mas a quantidade de produto na embalagem está (bem) menor. O nome para isso é “reduflação“, uma palavra criada a partir de “redução” e “inflação”. Para não elevar o preço ao consumidor por conta da inflação, as indústrias mantêm o preço como está, mas reduzem a quantidade do que é vendido. Acaba sendo uma forma de disfarçar o quanto a inflação subiu no período, por isso há quem a chame de “aumento de preço invertido”.
Compartilhado do Portal do Lula
Um dos casos mais simbólicos é justamente o do biscoito, cujo dia é celebrado nesta quarta (20). Para poder manter o item no carrinho de mercado, as famílias acabam escolhendo pacotes de bolacha menores. Em uma comparação entre os três primeiros meses deste ano com o mesmo período de 2021, aA queda geral foi de 1,7% em volume: comprou-se mais embalagens individuais, de até 40g, mas menos das de 100 a 200 gramas. Ou seja: pelo mesmo preço, você come menos bolacha.
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Na prática, com seu dinheiro valendo menos, você compra menos -às vezes sem nem perceber. Apesar de muitas vezes enganar, a prática é legal se houver na embalagem uma indicação da redução. Um levantamento feito pela consultoria Kantar a pedido da CNN mostra que pelo menos quatro cestas de produtos do varejo tiveram queda em volume e unidades nos três primeiros meses de 2022 na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Os números indicam o impacto da redução das embalagens pela comparação do quanto algum produto foi consumido em relação a quanto o preço dele subiu. Se o segundo for maior que o primeiro, é indicação de que vem menos no pacote.
Na cesta de bebidas a queda nos volumes foi a mais expressiva, com 2,7% menos toneladas consumidas, mas aumento de 8,3% no preço dos produtos. “Curiosamente”, o número de unidades vendidas é praticamente o mesmo, e caiu apenas 1%.
No caso dos hambúrgueres, o consumo das caixinhas cresceu 5,6%, mas, na prática, as pessoas comeram 2,6% a menos.
Paralelamente a isso, começaram a aparecer produtos que parecem, mas não são, como as misturas lácteas condensadas, mais baratas que o leite condensado de verdade. Ou um sabão em pó num pacote de 800 g, mas que diz na embalagem “render como 1 kg”. E mesmo a caixinha de fósforos, que deixou de trazer 240 palitos para agora conter 200. São incontáveis os exemplos da reduflação a cada ida ao mercado, e ainda mais frequentes a substituição que é preciso fazer por produtos de qualidade ou valor nutricional inferior só para ter o que servir à família.
A reduflação sempre dá suas caras quando o poder de compra da população cai. Isso é um sinal óbvio não só da perda do poder de compra e da desvalorização dos salário, mas também da pobreza e da subnutrição. O brasileiro compra o que cabe no seu orçamento, mas nem sempre aquilo que dá para levar para casa vai durar até o próximo dia de pagamento.
Inflação controlada e aumento de emprego e renda com Lula e Dilma
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Nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, o poder de compra da população brasileira aumentava de forma consistente. Ambos priorizaram o povo, mantendo a inflação controlada, implementando a política de valorização do salário mínimo e criando empregos. De 2002 para 2006, o salário mínimo passou de R$ 200 para R$ 350. A inflação, que em 2002 bateu os 12,53%, foi para 3,14% no último ano do primeiro mandato do presidente Lula, em 2006.
O compromisso com o controle do índice inflacionário possibilitou o acesso dos mais pobres a bens e serviços antes inalcançáveis. Dos 13 anos de PT, a meta da inflação foi cumprida em 12 deles. Entre 2002 e 2016, o salário mínimo teve aumento real (acima da inflação) de 76%. Só nos dois mandatos de Lula, o aumento real foi de 57,8%. Isso, aliado à geração de 20 milhões de empregos, garantiu que a renda média do brasileiro crescesse 38% acima da inflação. Entre os mais pobres, o crescimento foi ainda maior, atingindo 84%.
Combater a inflação é passo essencial para reconstruir o Brasil
Hoje, o movimento Vamos Junt❤️s pelo Brasil tem como prioridade coordenar a política econômica para combater a inflação e enfrentar a carestia, em particular a dos alimentos e a dos combustíveis e eletricidade.
O atual governo renunciou ao uso de instrumentos importantes no combate à inflação, a começar pela política de preços de combustíveis, além do abandono de políticas setoriais indutoras do aumento da produção de bens críticos. Em contrapartida, implementa uma política de juros altos, que freia a recuperação econômica e agrava o desemprego, mas com pouco impacto na inflação, gerada basicamente por um choque de custos.
É preciso apostar no desenvolvimento econômico sustentável com estabilidade, para superar a crise e conter a inflação, assegurando o crescimento e a competitividade, o investimento produtivo, num ambiente de justiça tributária e transparência na definição e execução dos orçamentos públicos, de forma a garantir a necessária ampliação de políticas públicas e investimentos fundamentais para a retomada do crescimento econômico.