Por Vanderlei Borges, publicado em Jornal GGN –
Sobre o “O discurso fácil dos imbecis: Boechat e seu desserviço, por Francy Lisboa”
Boechat (1)
Pouca gente sabe ou se lembra, o ex-colunista do Globo e da Globo foi, nos anos 80, também secretário de comunicação do governador Moreira Franco, hoje, o “Angorá” das planilhas da Odebrecht. Antes de ser convidado para o cargo público, Boechat praticava generosidades em sua coluna no Globo que muito agradaram o então candidato adversário de Leonel Brizola na disputa pelo governo do Rio. Isto, nos anos em que o alvo da família Marinho ainda não era o Lula nem a Dilma. O alvo então, que precisava ser defenestrado da corrida presidencial, era o ex-governador dos Pampas. Mas ainda não havia nem Moro nem a Lava Jato para auxiliar no serviço.
Boechat (2)
Em junho de 2001, Boechat foi demitido pela mesma família Marinho, por um grampo vazado na Veja em que ele é mostrado como “simpático” a uma das partes numa disputa empresarial de R$ 2 bi – Daniel Dantas x Nelson Tanure – nas privatizações da Telemig e da Telenorte. Isto, muito antes do “Petrolão”, o do PT porque o dos tucanos já corria solto na época, sob a proteção divina da Globo e de seus serviçais descartáveis.
Boechat (3)
Como ex-secretário de imprensa do “Angorá”, é provável que não tenha se esquecido dos nomes que brilhavam na noite de Ipanema e que constavam da agenda de consumidores dos traficantes Zaca e Cabeludo, do Morro Dona Marta.
Em tempo: A agenda foi aprendida pela Polícia. A cúpula do Governo Moreira teve acesso a todos os nomes. Boechat, como secretário de comunicação, certamente foi um daqueles que tomou conhecimento.
Vanderlei Borges, jornalista, foi assessor de comunicação na área de Segurança Pública do Governo Brizola.