Bolsonarista mata amante e é preso com 80 armas em casa

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O bolsonarista Hélio Leonardo Neto foi preso no domingo (17) após confessar o assassinato de uma mulher desaparecida desde 4 de março. Gerente de um posto de combustíveis no interior de São Paulo, ele mantinha em sua residência em Americana (SP) um vasto estoque de armas e munições, segundo informações da Polícia Civil.

Por Augusto de Sousa, compartilhado de DCM




Helio Leonardo Neto, bolsonarista preso após matar a amante. Foto: reprodução

O homem, de 47 anos, possuía 80 armas, entre pistolas, espingardas e metralhadores, e 16,3 mil munições, parte das quais não estava devidamente regularizada. No início de 2023, Hélio foi a Brasília participar dos atos golpistas de 8 de janeiro, onde tirou fotos com camisa da seleção brasileira.

A vítima, identificada como Mônica Matias de Paula, de 33 anos, mantinha uma relação extraconjugal com Hélio, conforme revelou a Delegacia de Investigações Gerais (DIG). No entanto, a defesa do gerente contesta a natureza do relacionamento, afirmando que os dois se encontraram apenas duas vezes e que Mônica começou a ameaçar a integridade física da família de Hélio.

O acusado, que é casado com uma pastora, foi denunciado pelo namorado de Mônica, que registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento no dia 6 de março, levantando suspeitas sobre o envolvimento do gerente no crime.

Armas apreendidas na casa de Hélio Leonardo Neto. Foto: reprodução

O corpo de Mônica foi encontrado em estado de decomposição na última sexta-feira (15) em uma área próxima à Rodovia Anhanguera (SP-330), em Limeira (SP). Hélio foi detido quando retornava para casa, no bairro Chácaras Mantovani, em Americana, usando o mesmo veículo que levou a vítima até o local do homicídio.

Segundo a investigação, após as ameaças de exposição da relação extraconjugal, Hélio convidou Mônica para um encontro na área rural de Limeira, onde a agrediu violentamente antes de cometer o assassinato.

O advogado de defesa, Hamilton Rodrigues, também afirmou que a vítima pressionava Hélio para continuar o relacionamento e, após ser confrontada com as ameaças à sua família, ele “perdeu a cabeça” e cometeu o crime.

A pastora, esposa de Hélio, negou qualquer participação no homicídio e declarou ter recebido mensagens em redes sociais questionando a fidelidade do marido, as quais foram negadas por ele.

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