No início dos anos 2000, a Bahia era atormentada por esquadrões da morte. Grupos de extermínio atuando na capital baiana vitimaram 769 jovens entre os anos de 2000 e 2003. A maioria das vítimas era de jovens, negros, pobres e periféricos, sem passagens pela polícia. Suas mortes eram muitas vezes encomendadas por comerciantes locais, que pagavam entre 50 e 100 reais para os assassinos de aluguel. Os corpos eram muitas vezes encontrados com marcas de tortura, unhas e dentes arrancados, hematomas por todo o corpo e, por vezes, era ateado fogo a eles. A dimensão do genocídio levou à criação de uma CPI na assembleia baiana.
No dia 12 de agosto de 2003. o Sr. Jair Bolsonaro, então deputado em seu quarto mandato, proferiu na Câmara discurso em que defende apaixonadamente as ações abomináveis dos criminosos da Bahia. Bolsonaro declarou que “enquanto o Estado não tiver coragem de adotar a pena de morte, o crime de extermínio, no meu entender, será muito bem-vindo.” Acrescentou ainda que “Se não houver espaço para ele na Bahia, pode ir para o Rio de Janeiro. Se depender de mim, terão todo o meu apoio.” “Meus parabéns!”, finaliza.
É esse o homem que promete acabar com a criminalidade no nosso país? O parlamentar que faz um discurso apaixonado em defesa de criminosos covardes que assassinaram centenas de jovens baianos? Como um homem tão baixo pode estar na liderança das pesquisas para a presidência do país?
Não acredita? Veja com os seus próprios olhos. Retirado diretamente do site da Câmara:
http://www.camara.leg.br/internet/sitaqweb/resultadoPesquisaDiscursos.asp?txOrador=Jair+Bolsonaro&txPartido=PTB&txUF=RJ&dtInicio=12%2F08%2F2003&dtFim=12%2F08%2F2003&txTexto=&txSumario=&basePesq=plenario&CampoOrdenacao=dtSessao&PageSize=50&TipoOrdenacao=DESC&btnPesq=Pesquisar#
Notícia:
Bolsonaro apoiou grupo de extermínio que cobrava R$ 50 para matar jovens carentes