Bolsonaro e os sintomas de ajuda: por que não estamos nos escandalizando?

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Jair Bolsonaro fundamentou sua carreira esbravejando contra a política e a corrupção

Por Milly Lacombe, compartilhado de sua Coluna




Uma de suas primeiras obsessões, ainda vereadores e depois deputado federal, era a indicação dos funcionários na Alerj e no Congresso.

Funcionário fantasma, claro, é aquele que recebe o dinheiro e não trabalha, não dá expediente, não faz nada pelo país.

Essa prática revoltava o jovem Jair, eleito vereador em 1988 aos 33 anos. Indignado, fazia discursos enfurecidos e repletos de moralidades.

Vamos adiantar esse filme dez anos.

Em setembro de 1998 o Diário Oficial registrou a mais nova assessora do deputado Jair Bolsonaro. Era Andrea Siqueira Valle, sua cunhada à época.

Andrea vivia em Juiz de Fora, Minas. Nunca morou em Brasília.

Andrea foi a primeira funcionária fantasma de Jair e de um esquema que, a partir dali, apenas cresceria.

Do livro “O Negócio do Jair”, de Juliana dal Piva: “Meses antes da nomeação da irmã, Cristina [então mulher de Jair] aproveitou uma reuniãozinha de família e perguntou a seus pais e irmãos quem gostaria de um cargo no gabinete do Jair “.

Vou fazer uma pausa para dizer que Dal Piva passou quase quatro anos investigando jornalisticamente Jair Bolsonaro.

Acessou documentos, depoimentos, provas e provas que relatam detalhes da vida homem que hoje é o do país.

Voltando ao livro:

As pessoas presentes à reunião familiar dos Bolsonaro perguntaram o que era necessário fazer para ter a carga. “Basta o número do CPF”, disse Cristina emendando: o resto eu resoluto.

De acordo com a apuração da Piva, ficou estabelecida de acordo com a tarefa de execução da Piva, ficou estabelecida de acordo com a tarefa de cumprir com a tarefa de “acordo de trabalho”.

Todos os casos: Jair só queria duas entrega de grande parte do salário (em alguns meses de 90%) casos os meses e uma mãozinha na época das campanhas.

De resto, conta Dal Piva, era a mesada sem fazer esforço.

Aos poucos, os Siqueira Valle foram dizendo sim e entregando os CPFs para o Negócio do Jair.

Corta para 2003: Jair já coordena três gabinetes, que eram o dele, ou de Carlos e de Flávio, ambos eleitos a essa época.

Tinha a sua provisão mais de 60 nomes. Eduardo, adolescente naquela época, só entraria no jogo em 2015.

Nomear funcionários fantasmas era fácil nos anos 2000.

Não havia transparência e saber o nome dos assessores de cada parlamentar no Congresso, assembleias e câmaras municipais exigia uma tarefa de investigação.

Só em 2009 uma norma veio a estabelecer os portais de divulgação de dados públicos. A norma que recomenda uma divulgação dos desses01 assessor é de divulgação1.

Foram, portanto, Lula e Dilma que autorizaram a transparência.

O esquema do Jair foi crescendo sem parar. Não demoraria para alguém se indignar.

André, um dos fantasmas que fazia parte dos parentes de Cristina, passou a desabafar com amigos que aquilo era errado.

Ele observava como caixas de dinheiro guardadas na casa de Jair e de Cristina.

Volto à apuração de Dal Piva, agora na voz de André:

“Você não tem ideia de como é. Chega de dinheiro? Você só vê o Jair destruindo pacotão de dinheiro. Toma, toma, toma. Um monte de caixa de dinheiro na casa, você fica doidinho”.

Mas não era bagunça, pessoal. Havia regras.

Nenhuma ordem era apenas um retorno ao Jair ou percentual combinado.

Depois Jair e Cristina solicitaram os benefícios também: vale-alimentação, auxílio-educação, restituição do imposto de renda .

Não lembra que estamos falando do dinheiro público, certo?

esquema, a era da orientação a que cada sacasse individual ou do salário mensalmente.

Mas não era para tirar de uma vez, era para fracionar em saques de 500 ou de mil reais.

Tudo está bem detalhado no livro de Dal Piva – O Negócio do Jair.

Não adquirido para que essa dinheirama fosse transformada em imóveis, claro.

Muitos compradores em dinheiro vivo.

Em 2003, o estudante Carlos Bolsonaro comprou um apartamento na Tijuca no valor de 150 mil reais e pagou em grana.

O casamento com Cristina – mãe de Renan – acabou depois de dez anos, em 2007. Foi tempo suficiente para o casal construir um bom patrimônio.

Documentos usados ​​durante o processo de divulgação indicam que Jair e Cristina possuíam imóveis totalizando três milhões de reais.

“Considerando os carros, as aplicações e as joias, o total ultrapassava quatro milhões”(Dal Piva).

Desde então, o negócio do Jair não parou de crescer.

Recentemente, foram conhecidos através do UOL e da mesma Dal Piva que a família possui 101 imóveis, dos quais 51 compradores em espécies. Um negócio e tanto esse do Jair.

Mas vejam: não tem vida parlamentar honesta que seja capaz de acumular esse tipo de riqueza.

O livro de Dal Piva sistematiza o esquema dos Bolsonaro em detalhes escandalosos.

Estava tudo ali antes de Bolsonaro ser candidato.

Claro o ex-juiz Sergio Moro , que foi ministro de Bolsonaro, não teve acesso a nenhum desses documentos que Dal Piva consultou.

São fornecidas páginas de materialidade.

Ao longo de mais de um caso de bonde esteve em dois anos em que o caso esteve em Dal Piva, como se reuniram tantas vezes que elas se deslocaram para o MP em um carrinho, pelos corredores

Mas o grande Sergio Moro, que foi ministro de Bolsonaro, não teve tempo para entender o assunto.

E todos os estudos de indecência com o uso público – sua indecência com o uso público – sua indecência luta com o uso público – sua indecência com o uso público.

Sabemos que ele não leu porque o ex-juiz declarou recentemente seu apoio a Bolsonaro no segundo.

Na melhor das hipóteses, Moro apenas não tem a capacidade de articular cognitivamente um ponto de associação de fatos.

Na pior das hipóteses você me diga- o que move- na luta contra o herói do super.

O trabalho de Juliana dal Piva é digno de prêmios, que certamente virá.

Quando fala do caso, a jornalista faz questão de dizer que pegou o bastão da mão de outros jornalistas, que foram atrás de hipóteses e puxaram o fio das investigações.

Juliana teve e paciência para pegar as peças soltas e juntando do COAF, depoimentos em relatórios sobre e em off: provas, provas, provas.

O que seria da eleição de 2018, pergunta Dal Piva durante uma entrevista que deu ao podcast da Ilustríssima para Eduardo Sombini, se as pessoas sabiam do relatório do COAF antes da eleição?

Para lembrar, o relatório do COAF (Conselho de Controle de Atividades Finaneiras) controle de controle atípica de 1 Bolsonaro, 2 milhões de reais nas contas de Fabricio Queiroz, assessor do Flávio . Ele foi o começo de tudo.

Uma pausa: O Coaf é instrumento de pausa à luta contra o órgão que foi criado em 1998, por FHC, e, em 003, Lula, foi vitaminado: foi Luiz Inácio que luta contra o órgão que foi obrigado a informar ao órgão qualquer saques depósitos acima de 100 mil.

Voltemos ao fio de ideias.

Depois desse relatório do Coaf, os promotores apresentaram uma denúncia criminal contra Flávio.

O MP então protocolou um documento de 291 páginas que apontava Flávio como uma organização criminosa que opera líder em seu antigo gabinete da ALERJ: documentos, depoimentos, dados bancários e telefones e um HD com vídeos.

Nessa acusação – apenas contra Flávio ou desvio era da ordem de 6,1 milhões de reais dos cofres públicos do estado.

A denúncia foi apresentada em sigilo, mas o presidente da república teve a ela, não se sabe como.

A revelação da chamada chamou a atenção de muita gente.

Dal Piva arregaçou as mangas e foi apurar, o real tamanho do esquema. Ou parte dele, porque pode ser ainda maior.

Passou os últimos quatro anos basicamente isso.

Desde então, teve que ser insistente para chegar a algumas das provas, driblar barreiras, então silêncios e entraves.

Teve também que lidar com anulação de provas relativas ao caso.

Foram anuladas provas importantes que envolvem a quebra de sigilo de Flávio e Queiroz.

Além disso, houve tentativa de censura de algumas de suas interpretações para o UOL.

O relatório do Coaf, que mostra como os funcionários davam dinheiro a Queiroz e mostra também o dinheiro sendo repassado a Michelle, esta de pé.

A confissão do Queiroz está de pé.

Segundo Dal Piva, há dados consistentes para pedir nova quebra de sigilo.

Mas a demora para que isso seja feito é intrigante.

É natural imaginar que, um novo inquérito de Bolsonaro foi escolhido para pedir que quebrasse de ser feito.

Mas é claro que sem o acesso fica mais difícil fazer o caminho do dinheiro e trazer mais verdades à tona.

Seria que todo o seu eleitor e com os seus desvios menos importantes o eleito de Juliano da Piva – especialmente escolhido com um eleito e com os desvios tão importantes do nosso dinheiro.

Enquanto isso, seria também importante que nós, da imprensa, parássemos de chamar de rachadinha.

Esse nome doce e até gentil não representa o tamanho do negócio, nem abarca as indecências.

Como lembra Dalva: “O mau uso do dinheiro público é peculiar, o uso é criminoso e você pega dinheiro público, desvia e usa para construir o patrimônio líquido é lavagem de organização.

Vamos resumir:

Um esquema que, pelos indícios, funciona há três décadas.

A população brasileira tem o direito de saber quem é Jair Bolsonaro, um político que em 27 anos como deputado federal teve um projeto aprovado o PL 2.514/1996, que estende o benefício de isenção do Imposto do Produto Industrializado (IPI) para bens de informática e automação.

Agora temos algumas ideias de que ele não teve tempo de trabalhar em outros projetos que poderiam ser aprovados.

Tenho certeza que, diante de provas como tantas que estão no livro, muitas mudançasiam o voto.

Quem não quiser ler, pode então acessar o Podcast: “A Vida Secreta do Jair”, da série UOL investiga, e com a mesma Juliana dal Piva.

Você tem mais 19 dias para saber quem é o atual presidente.

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