Prefeito Ricardo Nunes vira joguete nesta disputa de capos da direita
Compartilhado de Construir Resistência
Por Simão Zygband
Jair Bolsonaro (PL), o inesquecível presidente no mal sentido, não veio ontem a São Paulo exatamente para apoiar Ricardo Nunes.
Veio sim demonstrar que a cleprocracia da direita brasileira chega rachada ao segundo turno das eleições em São Paulo.
Bolsonaro veio delimitar território. Para dar um chega para lá na sua cria política, Tarcísio de Freitas, o governador de São Paulo.
Durante encontro com a nata dos fascistas paulistas em uma churrascaria no bairro nobre do Morumbi, em São Paulo, – que reuniu Ricardo Nunes, Tarcísio de Freitas, Michel Temer, o miliciano chefe do clã deu seu recado: é candidato à presidente da República em 2026, mesmo estando inelegível por decisão do STF.
A fala do miliciano desagradou visivelmente seu pupilo, Tarcísio de Freitas, que fez cara de poucos amigos. Ele estava se sentindo o rei da cocada preta .Na vacância de seu chefe, seria ele o candidato à presidência.
Astutamente, o governador de São Paulo bancou a campanha de Ricardo Nunes, que por sua vez lhe deu visibilidade para 2026, ao contrário do seu chefe, que sadicamente se divertia com a ascensão de Pablo Marçal.
Bozo, um rescentido, vai fazer de tudo para sufocar a candidatura de sua cria. Bolsonaro jogou pouco peso em Nunes por saber que, fazendo isso, estaria fortalecendo Tarcísio de Freitas, que tem maior incidência sobre o prefeito.
Bolsonaro e Tarcísio tem a mesma origem. São crias tortas do Exército Brasileiro.
São criador e criatura com inserção e simpatia pelas milícias, criminosos que achacam comunidades, atuando como esquadrões da morte, levando terror para as populações mais pobres.
Será uma guerra de cachorros grandes, de gente que anda armada.
A conferir….
Foto de abertura: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
Simão Zygband é jornalista, editor do site Construir Resistência e produtor de campanhas eleitorais, algumas vitoriosas