Por Moises Mendes –
Vai Piorar. Bolsonaro até que poderia dizer uma besteira de vez em quando. Todo mundo diz. O problema é que ele não diz nada aproveitável, nada. O homem só diz bobagens, todos os dias, enquanto Rodrigo Maia governa.
Esperava-se que o repertório uma hora fosse se esgotar, que ele começaria a se repetir. Mas Bolsonaro é uma usina de asnices.
Essa do filho embaixador será suplantada por outra amanhã ou depois. O país aceita, acha normal e pede mais. E são frases que carregam junto alguma ação, são frases com verbo.
Não são besteiras para desviar a atenção, não. São atitudes com consequências. O filho será embaixador em Washington. Vai fazer arminha de dedo para os árabes? Se ele quiser, vai. É amigo do Trump. Pronto.
Mas o Brasil todo, e não só os Bolsonaros, está fora do que seria a normalidade. Os Bolsonaros são a expressão da doença generalizada, que pega quase metade da população.
Sem os brasileiros que sustentam as loucuras do pai e dos filhos, não existiram Bolsonaros. O Brasil é que está doente, a população inventou os Bolsonaros, e não o contrário.
A família apenas dá o show, mas é o país que aciona o surto de todos eles. É o parente, o amigo, o vizinho, o colega de cada um de nós que sustentam as loucuras dos Bolsonaros.
Tem gente que acha que o filho do homem pode ser embaixador. Pode até, se quiser, substituir o papa. Tem gente que acha mesmo que Bolsonaro é enviado de Deus.
Façam o que Moro vai fazer com o pedido de licença. Tentem se reenergizar, porque não há saída e vai piorar.”