Da TV Globo e G1 — Brasília, publicado no Portal G1 –
Declarações foram feitas a estudantes que estavam em frente ao Palácio da Alvorada neste sábado (18). Presidente disse que reitores parecem ter ‘soberania’ e criticou currículo escolar.
O presidente Jair Bolsonaro foi neste sábado (18) à frente do Palácio da Alvorada para conversar com alunos do colégio Bandeirantes, de São Paulo, que ali estavam para apoiá-lo.
Quando um dos estudantes disse que a imprensa deturpou o que ele disse em Dallas, nos Estados Unidos, sobre asmanifestações, o presidente reagiu dizendo que de fato ele declarou que uma parte dos estudantes é idiota útil, massa de manobra dos espertalhões de sempre.
Apesar de confirmar o que foi publicado sobre suas declarações em Dallas, o presidente voltou a criticar a imprensa dizendo que boa parte dela vive de desinformar e deturpar, mostrando o contrário do que acontece.
O presidente disse que os poderes são independentes entre e si e que acredita que as reformas serão aprovadas, mas afirmou que o Congresso é soberano para decidir, mudar e rejeitar. E que este fato é bom, porque, do contrário, o Congresso teria que acolher tudo que ele fizesse e isso não estaria certo.
Destacando que o foco deve ser o “Brasil acima de todos”, Bolsonaro defendeu também a aprovação da Medida Provisória que reduziu o número de ministérios e que será votada pela Câmara nos próximos dias.
“Em Dallas, eu falei sim, que eram, faziam lá, uma parte, são idiotas úteis. É verdade, ué. Tô mentindo? O Cara, eu vi aí, um pessoal que teve na rua, ouvindo a molecada. ‘O que você tá fazendo aqui?’ Não sabe de nada”, disse Bolsonaro.
O presidente também voltou a dizer que os estudantes que participaram das manifestações são “massa de manobra dos espertalhões de sempre”. Disse ainda que os protestos são coordenados pelo “pessoal que quer voltar ao poder.”
“Para alguns grupos está difícil a vida. Acabou a teta, né?”, afirmou Bolsonaro aos estudantes.
Protesto contra bloqueios na educação, em Belo Horizonte — Foto: Antônio Salaverry/Arquivo pessoal
O presidente disse ainda que “alguns” professores oferecem “facilidades” para convencer estudantes a participarem de protestos.
“É uma minoria que manda na escola. O pessoal fica aí, os professores, alguns, oferecendo ponto, facilidade, aí o cara participa do movimento, nem sabe o que vai fazer na rua”, declarou.
Reitores
Bolsonaro também disse que os reitores de universidades públicas parecem ter hoje “autonomia total” e “soberania” e criticou o currículo escolar.
“Os reitores têm autonomia, têm autonomia. Mas hoje em dia parece que eles têm na verdade é autonomia total, né? É soberania. Tem que prestar as contas do que tá acontecendo”, disse.
“O currículo escolar não é bom. No meu tempo, na idade de vocês colégio público era bom, colégio particular não era bom. Hoje inverteu o negócio. O colégio particular, pago, como regra, é bom. O público, como regra – como regra, antes que a imprensa diz que estou atingindo todo mundo –, não é bom”, completou o presidente.