Em nota, o governo Lula afirmou que seu trabalho terá foco no “diálogo construtivo e na cooperação internacional”
POR JÚLIA MOTTA, COMPARTILHADO DA REVISTA FÓRUM
O Brasil foi eleito, nesta terça-feira (10), para o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) e vai cumprir um mandato de dois anos a partir de 2024. O país recebeu 144 votos para ocupar uma das três vagas destinadas à América Latina.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que “a expressiva votação recebida reflete o reconhecimento da comunidade internacional ao compromisso do Brasil na promoção e proteção dos direitos humanos em âmbito nacional e internacional, assim como sua atuação em defesa da paz, do desenvolvimento sustentável e da democracia”.
O órgão também declarou as intenções do país no Conselho.
A eleição do Brasil reflete o trabalho que o presidente Lula vem fazendo para reconstruir a diplomacia brasileira. Apesar de ter sido o último a entrar na campanha pela vaga e anunciar que o Brasil queria o posto de volta durante o governo Bolsonaro, o país foi o segundo mais votado entre as nações da América Latina.
Durante as reuniões com as delegações de todo o mundo, muitas informaram que já tinham se comprometido com outros candidatos. Porém, as atitudes do Brasil mundialmente, como o discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU, em 19 de setembro, somaram forças para reunir apoio.
Com a vaga, o Brasil terá a oportunidade de fazer parte de todos os debates do conselho, além de apresentar e votar propostas sobre temas direcionados à promoção dos Direitos Humanos no cenário internacional.