Publicado em Jornal GGN –
Após a escandalosa operação Carne Fraca repercutir em toda a imprensa internacional, os produtos brasileiros já encontram dificuldade em entrar em alguns mercados e, em casos, foram suspensos até segunda ordem.
Foi o que anunciou o Ministério da Agricultura do Chile, na manhã desta segunda (20). O vizinho de continente decidiu barrar a importação de carne do Brasil, após a Coreia do Sul anunciar que barrou a compra de carne da BRF e aumentou consideravelmente a fiscalização sobre outras empresas.
Todos os produtos envolvidos na Carne Fraca podem sofrer sanção, também, da União Europeia, segundo comunicado da Comissão Europeia, nesta segunda, informando que haverá monitoramento.
No domingo (19), a China anunciou que suspendeu a importação de carne brasileira. No mesmo dia, o ministro da Agricultura Blairo Maggi convocou a imprensa para apontar “erros técnicos” cometidos pela PF ao longo da operação Carne Fraca. A Folha publicou, por exemplo, que ao longo de dois de investigação, apenas um frigorífico passou por perícias.
Michel Temer disse, na tarde desta segunda (20), que os problemas descobertos pela Carne Fraca atingem apenas uma pequena parte do setor.
“O agronegócio é para nós uma coisa importantíssima e não pode ser desvalorizado por um pequeno núcleo, uma coisa que será menor: apurável, fiscalizável e punível, se for o caso. Mas não pode comprometer todo o sistema que nós montamos ao longo dos anos. Exportamos para mais de 150 países”, afirmou a uma plateia de empresários em São Paulo, segundo a Agência Brasil.
Temer ainda destacou que o número de funcionários públicos envolvidos (33) é pequeno em comparação ao tamanho do quadro do Ministério da Agricultura, de mais de 11 mil servidores. “Nós temos sistemas rigorosíssimos de avaliação sanitária aqui no Brasil”, enfatizou.
A Carne Fraca acusa existência de esquema de pagamento de propinas a fiscais do Ministério da Agricultura para evitar fiscalização em frigoríficos.