Publicado em Brasil 247 –
O Brasil, que já foi a pátria de chuteiras de Nelson Rodrigues, chega à sua primeira partida na Copa do Mundo do 2018 com um “pária de chuteiras”; sem democracia, com seu principal líder popular em prisão política, e cuja população vive há dois anos sob a retirada sistemática de direitos, o País se reflete no time que entrou em campo nesse domingo, 17, contra a Suíça; “São vira-latas jecas dentro de campo e refletem a alma média de um país que se converteu em pária da comunidade internacional. Refletem, então, exatamente o que somos”, resume o jornalista Luis Costa Pinto
O Brasil, que já foi a pátria de chuteiras de Nelson Rodrigues, chega à sua primeira partida na Copa do Mundo do 2018 com um “pária de chuteiras”.
Um país sem democracia, vítima de um golpe contra uma presidente legítima, e cuja população vive há dois anos sob a retirada sistemática de direitos, que tem seu principal líder popular encarcerado numa prisão política para não concorrer e vencer as eleições presidenciais.
O time comandado por Tite que entrou em campo nesse domingo, 17, contra a Suíça é o reflexo do País. Para o jornalista Luiz Costa Pinto, os brasileiros têm um evidente problema emocional, agravado com o placar de 7 a 1. “São vira-latas jecas dentro de campo e refletem a alma média de um país que se converteu em pária da comunidade internacional. Refletem, então, exatamente o que somos”, diz Costa Pinto, em seu Facebook.
Leia, abaixo, o texto de Luis Costa Pinto na íntegra:
Não foi o início imaginado, mas pode ter o fim almejado.
“Um primeiro tempo razoável. Um segundo tempo irreconhecível – porque levou o gol de empate antes dos cinco minutos e não soube reagir.
Não soube porque não há no manual do messiânico Tite (bom técnico, o melhor desde o Scolari de 2002, que não era o mesmo Felipão de 2014) a forja de liderança dentro de campo.
Os brasileiros têm um evidente problema emocional, agravado com o placar de 7 a 1. São vira-latas jecas dentro de campo e refletem a alma média de um país que se converteu em pária da comunidade internacional. Refletem, então, exatamente o que somos.
O juiz mexicano errou – e sabia que estava errando. Logo, isso tem nome: roubo. Ele teria de ter recorrido ao VAR tanto no gol da Suíça quanto no pênalti não marcado em Gabriel Jesus.
Foi um mau começo, mas pode reforçar a caminhada.
Só não nos tira do inexorável caminho do divã coletivo em que o Brasil tem de ser comprometer a deitar.
Estamos ganindo pelos becos do mundo, qual cachorro atropelado. Em todas as áreas, até no futebol. Fomos uma potência. Hoje, somos quase risíveis. Isso talvez não curemos nem com cinco novas Copas.”