Brasil registra queda generalizada de preços em agosto, puxada por barateamento da comida

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Batata inglesa, tomate e cebola estão entre os itens que ficaram mais baratos

Compartilhado de Brasil de Fato | Curitiba (PR)




Preço dos alimentos ficou 0,44% em agosto, segundo levantamento do IPCA – Agência Brasil

O Brasil registrou uma queda generalizada de preços em agosto, graças ao barateamento da comida e dos itens de habitação. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a redução de preços foi de 0,02% – diferente da expectativa de economistas, que estimavam, ao contrário, uma alta de 0,02%.

IPCA é o índice oficial de preços do Brasil. Ele acumula alta de 4,24% nos últimos 12 meses, já considerando o resultado de agosto, primeiro mês em que o índice aparece negativo desde junho de 2023. Com isso, segue dentro da meta de 2024 estabelecida pelo governo, de até 4,5% de alta.

De acordo com IBGE, no mês passado, o preço dos alimentos e bebidas caiu 0,44%. A comida foi responsável por uma queda de 0,09% do IPCA geral – isso quer dizer que, se não fossem altas de preços de outros tipos de produtos, a inflação seria ainda menor.

A alimentação no domicílio caiu ainda mais: 0,73%. Isso se deveu às quedas nos preços da batata inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%). Por outro lado, subiram mamão (17,58%), a banana-prata (11,37%) e o café moído (3,70%).

Já os itens de habitação ficaram 0,51% mais baratos. A queda foi influenciada pela redução da conta de luz, que caiu 2,77% em agosto.

Todos os outros segmentos de produtos e serviços que compõem o IPCA tiveram alta de preço. Nenhum deles, contudo, teve alta superior a 0,75%.

Só no grupo de transportes não houve alta nem baixa. A estabilidade se deveu à alta dos combustíveis (0,61%), compensada pela queda nas passagens aéreas (4,93%).

Em julho, o IPCA tinha subido 0,38%. Naquele mês, o índice acumulado em 12 meses alcançou o teto da meta de 2024: 4,50%.

Edição: Nathallia Fonseca

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