Por Marco Angeli da Global Graphene Challenge Competition –
Enquanto escolhiam Anitta como a Mulher do Ano, a Global Graphene Challenge Competition, uma competição internacional promovida pela empresa sueca Sandvik, buscando soluções sustentáveis e inovadoras pelo mundo premiava uma brasileira.
O desafio é criar uma nova utilização para o grafeno, material extremamente fino, derivado do carbono, transparente e 200 vezes mais forte que o aço.
A vencedora mundial de 2016, anunciada no início deste ano, é uma recém-formada em Engenharia pelo Instituto Militar de Engenharia do Rio de Janeiro, Nadia Ayad.
O trabalho de Nadia concorreu com outros nove finalistas.
Nadia criou um sistema de dessanilização e filtragem de água usando o grafeno, que possibilitará o acesso à água potável a milhões de pessoas, além de reduzir custos com energia.
A previsão é que num futuro próximo o acesso à água será um problema enfrentado em grande parte do planeta, daí a enorme importância da criação da engenheira.
Nadia ganhou uma viagem à Suécia, para estudar na sede da Sandvik, ao lado de outros pesquisadores de todo o mundo.
E visitará o Graphene Centre da Chalmers University.
A engenheira já havia estudado um ano na Universidade de Manchester, na Inglaterra.
A intenção de Nadia é fazer um PhD nos EUA ou Reino Unido, já que acredita haver mais possibilidades de pesquisa no exterior do que no Brasil; o que infelizmente é verdade.
Como não vi essa notícia em nossa pobre imprensa, aproveito para dar os merecidos parabéns à menina, um orgulho para o Brasil.
Nem só de jogadores de futebol vive o Brasil, pelo contrário.
Houvesse gente decente em Brasília, essa menina permaneceria no Brasil.
Mas não há.