Brasileiro pagou gasolina mais cara porque Bolsonaro quis

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Presidente manteve combustível acima do preço de paridade internacional e só reduziu no início da pré-campanha eleitoral. Lula subiu, gasolina caiu!

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Brasileiro pagou gasolina mais cara porque Bolsonaro quis

Lula subiu, a gasolina caiu. A afirmativa poderia ser só mais um meme, mas é a mais pura verdade. A cada nova pesquisa eleitoral que mostra o ex-presidente à frente, Bolsonaro ativa o Preço de Paridade Lula e baixa os preço da gasolina.

Todo mundo sabe que essa é mais uma das medidas do pacote de bondades de Jair Bolsonaro para tentar ganhar votos, mas o que muita gente não sabe é que ele poderia ter feito isso lá atrás, quando o litro da gasolina batia os R$ 8, mas não o fez.

Lula subiu gasolina caiu

Não tenho poderes de interferir na Petrobras. A gente não vai interferir no preço de nada”. E colocava a culpa na guerra entre Ucrânia e Rússia, no preço do barril de petróleo, no imposto estadual. Mas a verdade é que o brasileiro pagou mais caro durante todo esse tempo porque Bolsonaro quis.

O preço praticado por Bolsonaro ficou acima do PPI (Preço de Paridade de Importação), política que inclui a dolarização dos combustíveis e insere na gasolina paga pelo brasileiro custos que o consumidor não deveria pagar, como frete de navio, imposto de importação, pois o país é produtor de petróleo. O sobrepreço, no qual Bolsonaro não quis e nem quer mexer, é o que garante a farra de dividendos na Petrobras, jogando a margem de lucro dos acionistas lá em cima.

Isso Bolsonaro não quer que você saiba. Enquanto o brasileiro pagava R$ 8 no litro da gasolina e mal conseguia arcar com outras despesas de casa, a rentabilidade dos acionistas era obscena.

Um gráfico produzido pelo Sindicato de Petroleiros do Espírito Santo, com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), compara a alteração do preço médio da gasolina, da cotação do PPI e do preço que seria justo a ser pago pelo litro do combustível de fevereiro a setembro deste ano.

A partir de julho, com o início da pré-campanha eleitoral, o preço da gasolina começa a sofrer uma queda brusca. Antes disso, o item não parava de subir, impactando a vida do trabalhador.  Em todo esse período, no entanto, a cotação do PPI se manteve estável, com leves alterações.

Em abril, a cotação do PPI marcava R$ 5,01 e o preço da gasolina de Bolsonaro batia os R$ 7,53. No mês seguinte, o PPI reduziu para R$ 4,72, mas a gasolina não acompanhou a redução, pelo contrário, subiu para R$ 7,59. Hoje, milagrosamente, o litro do combustível custa R$ 5,22, assim como a cotação do PPI.

O que isso significa? Que Bolsonaro poderia ter baixado o preço do combustível desde sempre. Que o PPI, todo esse tempo, esteve abaixo do preço praticado por Bolsonaro. Que pagamos mais do que poderíamos ter pagado se a intenção de Bolsonaro não fosse meramente eleitoreira.

Gasolina ainda custa mais do que poderia custar

As medidas de Jair Bolsonaro criam a impressão de redução de preço semana após semana, mas a gasolina ainda está muito acima do que poderia estar. Isso porque a Petrobras está sendo usada para aumentar o lucro dos acionistas às custas do trabalhador. “Se Bolsonaro estivesse realmente preocupado com a população, acabaria com o PPI e utilizaria o preço-base que já possui como o lucro médio do mercado internacional”, diz o Sindicato.

De acordo com o sindicato, o preço justo a ser pago pelo litro de gasolina hoje seria R$ 3,91, incluindo custo médio de distribuição até os postos.

Preço de Paridade Lula

O preço de paridade do Lula já chegou à gasolina, ao diesel, ao querosene para aeronaves, e, agora, chega ao gás de cozinha, que bateu recorde de preços durante o governo atual, contrariando sua promessa de campanha de que o botijão custaria R$ 35. Mas não se engane, o pacote de bondades de Jair só vai até as eleições, depois, tudo voltará a subir novamente.

Lula, no entanto, afirmou que, se voltar a comandar o governo, uma de suas prioridades vai ser mudar a atual política de preços da Petrobras, recuperar a autossuficiência do Brasil em petróleo e derivados e transformar a empresa em um dos motores do desenvolvimento nacional.

“Eu pretendo mudar a política de preços da Petrobras. Eu pretendo fazer com que os preços da Petrobras sejam em função dos custos nacionais, dos gastos nacionais, porque nós produzimos em real, pagamos salário em real. Ou seja, essa história de PPI, de preço internacional, é para agradar aos acionistas em detrimento de 215 milhões de brasileiros. E a gente pode reduzir o preço sim”, afirmou.

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