Por Antonio Vergueiro* –
Brigas, brigas e mais brigas. Como as pessoas brigam!
A cultura do brigar vem desde que nascemos e, claro, existem várias classificações de brigas. Há as brigas educativas, que são as chamadas broncas, os puxões de orelha; brigas planejadas, brigas épicas, brigas bestas, brigas necessárias, brigas ridículas e as já famosas DRs – discussões de relacionamento. Cada uma tem seu respectivo critério, seus valores, causas e desfechos.
Quando somos pequenos, nossos pais nos dão broncas para nos colocar no eixo certo. No caminho direito. Crescemos e partimos para as brigas um pouco mais elaboradas, muitas vezes que nós mesmos criamos para tentar conseguir algo que queremos ou contra algo que não queremos.
O que já sei é que estamos sempre brigando, por um motivo, ou por outro. É a vida. Brigamos com o chefe, com o colega de trabalho, com o amigo. Com os pais, brigamos por que não queremos os brócolis, porque não queremos entrar no banho, por querermos o controle ta TV. Brigamos porque não queremos ir pra escola, porque nossa mãe mandou desligar o videogame… Porque não queremos sair de casa, ou porque não nos deixaram sair.
As DRs são as que eu mais odeio. Começam junto com o amor, andam de mãos dadas, a briga e a paixão. O que as dividem? Uma tênue e fina linha de náilon que, facilmente, se rompe.
Nas DRs entram várias classificações: colossais, bestas, necessárias, ridículas, términos, baboseiras, ciúmes. Este último e o pior de todos, pois atire a primeira pedra quem nunca brigou por ciúmes.
Eu acredito que, por piores que sejam as brigas, elas vêm para o bem. Para se perceber o que estava errado e tentar mudar. Para descobrir o que estava certo e constatar. O melhor de tudo é a sua sucessora, a paz. O pior de tudo é não se reconciliar.
Antonio Vergueiro tem 15 anis, estuda no nono ano do Fundamental II e já o que é brigar.