De Val Carvalho, via Jorge Barro em seu Facebook –
A revista VEJA agora cospe no prato que comeu. Diz que a Lava Jato é um “Estado Policial” e que a divulgação do grampo das conversas entre a presidenta Dilma e Lula foi ilegal; o mesmo diz da divulgação das conversas de d. Marisa com seus filhos. Por sua vez a Globo detona Temer. Como interpretar essa radical mudança da grande mídia, que sempre agiu de forma golpista? Virou agora democrata?
Claro que não. A grande burguesia, e os grupos empresariais da mídia são parte dela, tratam a democracia, as leis e a Constituição de forma puramente casuística. Servem aos seus interesses? Tá valendo; se não, dão golpe! No caso das leis, inclusive da Lei Maior, basta uma interpretação casuística, à direita, e pronto! Teremos uma ditadura com sabor de “democracia”, como estamos vivendo agora.
A Lava Jato é um desses puxadinhos golpistas sob o guarda-chuva conivente, para não dizer cúmplice, do STF. Serviu muito bem para derrubar o governo Dilma e até mesmo para dar um chega pra lá no esvaziado e isolado Temer, que não é mais do que uma laranja chupada. Mas, e sempre tem um “mas”, a Lava Jato criou uma lógica perigosa para os golpistas, agora que o poder econômico e seus políticos corruptos atingiram o objetivo de tirar Dilma. O momento exige pavimentar o caminho para as eleições INDIRETAS a fim de continuar com o golpe na economia e na política popular. Para isso o mercado, a grande mídia e a cúpula política reacionária precisam conquistar a confiança da assustada base parlamentar golpista, praticamente toda ela atolada na corrupção e na mira da Lava Jato. Isso & eacute; essencial para se viabilizar a eleição indireta com um mínimo de segurança para todos.
Ou seja: a estratégia golpista é a mesma. O que muda é a tática. Hoje, com eleições indiretas; amanhã, até mesmo com ditadura militar, caso o povo continue lutando nas ruas. Temer até que tentou, mas não deu certo por que foi em causa própria. Mas a crescente pressão popular nas ruas vai continuar dividindo os golpistas e criando as condições para a derrota da reforma trabalhista e da Previdência e a conquista das Diretas Já.