Por Leandro Fortes, jornalista, Facebook
Desde que a profissão de jornalista passou a ser uma extensão dos cursinhos de trainee das grandes corporações de mídia, o servilismo às fontes passou a ser amplamente naturalizado.
O general diz: estão proibidas perguntas sobre a intervenção no Rio, e a manada toda obedece, ruminando as perguntas que trouxe da redação, redigidas por editores que cuidam do estoque de feno.
Agora, foi a vez de Tite, técnico da seleção, proibir Neymar de responder a uma pergunta feita, durante uma coletiva, sobre os insultos do técnico do México contra ele.
E o repórter aceitou, assim, calado, quando o normal era ter reagido, com indignação, e repetido a pergunta até o circo pegar fogo.
Jornalismo virou uma profissão de tarefeiros.