No primeiro caso de revisão feita pelo governo Lula, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República liberou a lista de pessoas que foram visitar a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro no Palácio da Alvorada.
Por Victor Dias, compartilhado de DCM
A relação de visitas era um dos casos em que Bolsonaro impôs sigilo de 100 anos, justificando que se tratavam de informações vinculadas à esfera privada e que, por lei, devem estar protegidos pelo prazo de um século. Ao Estadão, foram informadas as datas e horas das entradas das pessoas no Alvorada.
Nas portarias principal e de serviço, a identificação do visitante aparece acompanhada da explicação “finalidade: dama”, referência à motivação da entrada na residência oficial da presidência da República.
Nídia Limeira de Sá, diretora de Acessibilidade e Apoio a Pessoas com Deficiência do Ministério da Educação, foi uma das visitantes mais frequentes. Ela atua na área que é da predileção de Michelle. Na rede social, Nídia celebrou o fato de a primeira-dama ter prestigiado seu aniversário de 60 anos. Nídia esteve 51 vezes na residência oficial no período de um ano, o equivalente a uma média de quatro visitas por mês.
O pastor Claudir Machado foi o segundo que mais esteve no Alvorada. Seu nome aparece 31 vezes na lista de visitas. Nas redes, ele se identifica como “de direita e conservador”. Na virada do ano, postou foto ao lado da primeira-dama declarando seu “profundo carinho, respeito e admiração”.
Com 24 entradas, a cabeleireira Juliene Cunha também está na lista. Ela tem uma média de duas visitas por mês no ano passado. Há ainda cinco visitas de Cynara Boechat, que se apresenta como estilista de celebridades.
A relação tem 565 registros de entrada na residência oficial e abrange o período de dezembro de 2021 a dezembro de 2022.