Camas improvisadas, sem banheiros, e infestação de morcegos: como eram alojamentos de trabalhadores resgatados em fazenda de Leonardo
Compartilhado de Construir Resistência
Por Larissa Feitosa, g1 Goiás
Fiscalização do Ministério do Trabalho resgatou seis trabalhadores em condições de trabalho semelhantes à escravidão, incluindo um adolescente. Cantor diz que não sabia, e alega que área fiscalizada está arrendada para outra pessoa.
O cantor Leonardo foi incluído na ‘lista suja’ do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgada nessa segunda (7), após uma fiscalização resgatar seis trabalhadores de fazenda em condições de trabalho semelhantes à escravidão em Jussara, noroeste de Goiás. No relatório, ao qual o g1 teve acesso, fiscais descreveram os alojamentos onde os funcionários dormiam como “precários”, sem banheiros, com camas improvisadas, infestação de morcegos e fezes.
A fiscalização ocorreu em duas fazendas, que ficam próximas uma da outra: a Lakanka, e a Talismã, que é avaliada em R$ 60 milhões. A segunda é citada porque, apesar dos trabalhadores resgatados estarem na Fazenda Lakanka, as duas ficam em área contígua, e fazem parte do mesmo conjunto de operações agrícolas.
O cantor e sua defesa dizem que o caso se refere a uma parte da Fazenda Lakanka que está arrendada para outra pessoa para o plantio de soja e que, portanto, os funcionários dessa área não são de responsabilidade direta de Leonardo. Dizem também que o cantor não tinha conhecimento das práticas de trabalho escravo.
Imagem: montagem do g1