Por Manu Castrum, Facebook –
Este chão conheceu um dos episódios mais bárbaros da guerra de Canudos: a degola dos prisioneiros após se renderem, inclusive mulheres e crianças.
Há 122 anos o exército celebrava o seu maior genocídio, uma glória manchada do sangue de milhares de camponeses miseráveis. Bem dizia Evita Perón, o exército é a carne das oligarquias.
“Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados. (…) Caiu o arraial a 5. No dia 6 acabaram de o destruir desmanchando-lhe as casas, 5.200, cuidadosamente contadas.” Os Sertões, E. da Cunha.