O filme conta com a participação do designer de animação digital e consultor Andrew Probert, criador da icônica Enterprise.
Por Celso Sabadin, compartilhado de Planeta Tela
Entra em sua segunda semana de exibição em cinemas o longa de animação brasileiro “Mundo Proibido”, derivado da série “As Aventuras de Fujiwara Manchester”, exibida pela TV Cultura e EBC-TV em 2017.
Mas não é preciso ter assistido à série para curtir o longa.
Falastrão, simpático, e com uma coragem inversamente proporcional à sua pouca inteligência, Fujiwara Manchester (voz de Pierre Bittencourt) é um aventureiro do século 27 que se mete em mirabolantes jornadas intergalácticas com sua companheira Lydia (Shallana Costa). Ela, sim, é o cérebro da dupla.
O roteiro segue a linha clássica do gênero, com profusão de planetas, naves espaciais, alienígenas, monstros, perigos incessantes e ação intensa. Tudo dentro de conceitos gráficos, desenho de produção e direção de arte de grande qualidade.
Criado por Alê Camargo na adolescência, o personagem Fujiwara Manchester estreou no conto “Vamos dançar”, publicado na edição 55 (janeiro/fevereiro de 1992) do fanzine Somnium, do Clube de Leitores de Ficção Científica. O conto, que tratava de uma aventura num planeta distante habitado por trens carnívoros, serviu de base e inspiração para o roteiro deste “Mundo Proibido”, que começou a ser produzido em 2018 e tinha previsão de estar pronto dois anos depois. A pandemia atrasou todo o processo de realização e, em 2022, o filme estreou no Festival Internacional de Animação de Annecy, dando início à carreira em festivais.
Tanto a série quanto o longa contam com a participação do designer de animação digital e consultor Andrew Probert, criador da icônica espaçonave Enterprise do longa “Star Trek: The Next Generation” e da máquina do tempo DeLorean, da saga “De Volta Para o Futuro”.
“Mundo Proibido” tem argumento de Alê Camargo, Camila Carrossine e Walter Plitt Quintin. O roteiro é de Alê Camargo, que também dirige o longa em parceria com Camila Carrossine.
O filme venceu o prêmio de melhor longa no Cordoba International Animation Festival (2022), e Melhor Longa (Prêmio do Público) e Menção Honrosa no Cinefantasy International Fantasy Film.