“Carrocracia”  na contramão da mobilidade urbana de Haddad

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Por Valentim Frateschi* – 

Desde que o prefeito Fernando Haddad (PT) assumiu o cargo da prefeitura de São Paulo, muitas mudanças em relação à mobilidade urbana vem ocorrendo. As três mais significativas são o aumento do número de faixas de ônibus, a construção de, até agora, 325,1 km de ciclovias e a diminuição da velocidade nas marginais, Pinheiros e Tietê, e nas rodovias.




            Em 2013, a prefeitura intensificou a implantação de faixas de ônibus, dentro do projeto: “Dá Licença para o Ônibus”. Até agora, já foram feitos 482 km de áreas exclusivas. Devido a isso, os usuários, em 2013, deixaram de ficar 38 minutos dentro dos “buzões” e em 2014, este número foi para 40,7 minutos.

            As Ciclovias, outro projeto da prefeitura, estão sendo implantadas em todas as regiões da cidade, e totalizam até o momento 325,1 km. Esta obra promete entregar 400 km de pistas reservadas até o fim de 2015. Pesquisas comprovam que o número de ciclistas aumentou desde que as obras e os programas de lazer para bicicletas estão sendo realizados.

            Após a prefeitura implementar a redução da velocidade nas marginais e rodovias, os acidentes com vítimas caíram em 29%, em relação a 2014. Foram 110 ocorrências no ano passado e 78 em 2015. Os acidentes sem vítima caíram 20%, de 272 para 217.

Os índices de lentidão caíram 10% na média diária, pois “com a redução da velocidade máxima, melhora a fluidez e diminuem os acidentes, uma coisa tem a ver com a outra. Quando há um pequeno acidente, perde-se uma faixa de rolamento, o que afeta o trânsito”, explicou Haddad.

            Nós sabemos que as ciclovias são contestadas pela elite, em São Paulo, pois eles associam os ciclistas com esquerdistas, ou seja, a elite tem ódio de quem utiliza estas pistas. E ainda os ricos não suportam o fato de não poderem parar seus carros onde paravam e passarem mais tempo no trânsito, pois agora têm de dividir as ruas com ônibus e bicicletas.

A elite acha que a cidade é deles, mas a cidade é de todos nós, cidadãos, trabalhadores, pedestres, artistas, crianças, velhos, jovens, homens, mulheres. Já disse Emicida, “A rua é nóiz”!

            O objetivo de Fernando Haddad, não é, apenas, construir obras de infraestrutura para novos meios de transporte. Ele é importante, porque é o único prefeito que teve coragem de desafiar a “carrocracia”.

Valentim Frateschi, acreditem, tem 12 anos e vê na mobilidade urbana um tema importante para uma cidade caótica como São Paulo.

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