Computadores deletam automaticamente o material; em cinco anos de investigações, imagens só foram pedidas após entrada da PF no caso
Por Julinho Bittencourt, compartilhado da Revista Fórum
Imagens de câmeras de segurança que poderiam ter captado movimentos dos executores Ronnie Lessa e Élcio Queiroz antes do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foram apagadas.
Para economizar espaço de memória, muitos computadores deletam automaticamente o material em prazos curtos. É surpreendente que, durante cinco anos de investigações, as imagens não tenham sido solicitadas.
Apenas após a Polícia Federal (PF) entrar no caso, em fevereiro deste ano, os agentes foram em buscas das imagens e lamentaram o fato delas não existirem mais.
Flávio Dino
O colunista Paulo Capelli, do Metrópoles, lembra ainda que, em 2019, ainda no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a então procuradora-geral de Justiça, Raquel Dodge, chegou a pedir a federalização das investigações envolvendo o assassinato de Marielle Franco. O Superior Tribunal de Justiça, contudo, negou o pedido.
A PF abriu inquérito para investigar o caso em março deste ano após determinação do ministro Flávio Dino.