Compartilhado da Revista Fórum –
O jornalista Lauro Jardim, em sua coluna em O Globo nesta quarta-feira (30), afirma que Jair Bolsonaro escolheu o desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Kassio Nunes, para a vaga de Celso de Mello, no Supremo Tribunal Federal.
Católico, Nunes adiaria a escolha do “ministro terrivelmente evangélico” anunciada por Bolsonaro, ao assumir a cadeira no Supremo. O magistrado teria se encontrado com o presidente nesta terça-feira (29) no Palácio do Planalto.
Após a reunião, Bolsonaro teria comunicado ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre a escolha.
Prisão em segunda instância
Um dos desembargadores mais produtivos na esferal federal – proferindo uma média de 600 decisões por dia -, Nunes afirmou em entrevista em 2018 ao site Conjur ser favorável à prisão após condenação em segunda instância.
“É possível? Sim! Não é necessário aguardar o trânsito em julgado para a decretação da prisão. Ao meu sentir, o Supremo autorizou que os tribunais assim procedam, mas não os compeliu a assim proceder”, respondeu, ao ser indagados sobre a possibilidade da prisão após condenação colegiada.
Kássio Nunes Marques nasceu em Teresina, no dia 16 de maio de 1972. Graduou-se em Direito pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), especializou-se em Processo e Direito Tributário, pela Universidade Federal do Ceará (UFCE), e é mestre em Direito Constitucional, pela Universidade Autônoma de Lisboa.
Na carreira de advogado, ocupou diversos cargos na Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Piauí (OAB-PI), e foi suplente do Conselho Federal da OAB. Ainda no Conselho Federal, integrou a Comissão Nacional de Direito Eleitoral e Reforma Política. Em maio de 2008, tornou-se juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE/PI) e em 2011 assumiu a posição de desembargador do TRF1.