Saber é diferente de sentir.
Ontem senti de perto algo que já sabia, e posso garantir que a sensação é bem diferente.
Avenida Juscelino Kubitsheck, em torno das 13 horas. Cerca de uns 5 metros na minha frente, um rapaz atravessa displicentemente a movimentada via, fora da faixa. Quando ele está quase alcançando o outro lado da calçada, um táxi o apanha. O susto (de todos) é grande, mas o impacto do acidente é mínimo: o rapaz chega a perder o equilíbrio, coloca as duas mãos no capô do carro, mas não chega sequer a cair. E segue em frente,obviamente sob o som dos mais variados “elogios” que o chofer do táxi direcionou à sua mãe.
Enfim, uma cena sem a menor importância no cotidiano da cidade grande.
Mas não pude deixar de pensar como teria sido a cena se não existisse a atual lei dos 50km/h de velocidade máxima na cidade. Não pude deixar de me arrepiar ao sentir, bem de perto, que eu tinha acabado de ver, bem diante dos meus olhos, uma vida sendo salva por uma simples lei, de facílima execução.
É emocionante, garanto.