Mais de 51.100 pessoas foram feridas, e muitas outras não foram contabilizadas
Compartilhado de ICL
Aproximadamente 18.800 palestinos — 70% dos quais eram mulheres e crianças — morreram em Gaza entre 7 de outubro e 15 de dezembro, informou o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas, em Ramallah em comunicado neste domingo (17).
Mais de 300 trabalhadores do setor de saúde, 86 jornalistas, 135 funcionários da United Nations Relief and Works Agency for Palestine Refugees in the Near East e aproximadamente 35 equipes de defesa civil estão incluídos no número de mortos, disse o ministério.
O ministério acrescentou que mais de 51.100 pessoas foram feridas, e muitas outras não foram contabilizadas.
A autoridade continuou dizendo em seu relatório que apenas oito dos 36 hospitais estão funcionando parcialmente no enclave, e que as taxas de ocupação subiram para 206% nos departamentos de internação e 250% nas unidades de terapia intensiva.
MORTE DOS REFÉNS
Após o assassinato de três reféns israelenses na sexta-feira, o chefe do Estado-Maior militar israelense, Herzi Halevi, disse aos soldados para “esperarem dois segundos” se virem pessoas sem camisa e com as mãos para cima.
“Esperamos que tenhamos outra oportunidade para os reféns virem até nós e faremos a coisa certa”, disse ele à 99ª Divisão na Faixa de Gaza, conforme relatado pelo Times of Israel.
Halevi acrescentou que este princípio “não é menos importante” se os que se rendem forem palestinos.
“E se forem dois habitantes de Gaza com uma bandeira branca que se rendem, nós atiramos neles? Absolutamente não. Absolutamente não”, disse ele. “Mesmo aqueles que lutaram e agora largam as armas e levantam as mãos, nós os capturamos, não atiramos neles.”
GRÁVIDAS E LACTANTES EM RISCO
Cerca de 45 mil mulheres grávidas e 68 mil mulheres a amamentar na Faixa de Gaza enfrentam o risco de anemia, hemorragia e morte.
Numa publicação no X, o Fundo de População das Nações Unidas disse que as mulheres grávidas e lactantes enfrentam “grave escassez de alimentos” devido ao cerco e aos ataques de Israel.
“A grave escassez de alimentos em Gaza expõe as mulheres grávidas e lactantes ao risco de anemia, pré-eclâmpsia, hemorragia e até morte”, dizia o post.