Descendente direto da caricatura – presente desde o Renascimento em desenhos de Leonardo da Vinci e Albrecht Dürer, entre outros – o humor gráfico de natureza política é resultado dos ideais de liberdade de imprensa e de opinião.
Da revista Pirralha, compartilhado de Construir Resistência
Passando a ocupar espaço privilegiado nas páginas dos jornais com a industrialização e a urbanização da sociedade, principalmente a partir do século XIX, seja na forma de charge política (do francês charger – carga, carregar), que é inspirado em um fato atual, ou pelo cartum (aportuguesamento do inglês cartoon), por sua vez baseado em um fato atemporal, o humor gráfico de caricaturistas, chargistas e cartunistas são parte da história da construção das liberdades democráticas.
Foi a partir desta concepção de liberdade e de cidadania que o humor gráfico se posicionou em diferentes momentos históricos como porta-voz e aliado do cidadão no enfrentamento aos desmandos dos poderosos, motivo pelo qual foi perseguido e censurado durante a ditadura. No Brasil, sob a presidência do ex-militar Jair Bolsonaro, vários artistas do traço tem sido alvo de ataques e perseguições, sendo, inclusive, objeto de ações judiciárias em um claro movimento de “lawfare” que visa calar suas vozes.
Além destas questões específicas temos os ataques aos nossos colegas jornalistas, artistas, veículos de mídia e o uso recorrente às mentirosas “fake news” como arma política. A redução criminosa das verbas da cultura e da educação, a corrupção aliada ao neoliberalismo que destrói direitos trabalhistas e impede a justiça social, a volta da fome, o descaso com as vidas perdidas durante a pandemia da covid-19, o crescimento da violência incentivada pelas declarações do presidente aliada a liberação de armas e de suas relações com as milícias criminosas são outras marcas deste governo.
Para encerrar este ciclo de horrores os caricaturistas, chargistas, cartunistas e trabalhadores da área do desenho e da ilustração se posicionam publicamente pelo voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e nos demais candidatos do campo popular e democrático nos estados onde também haverá segundo turno nas eleições no dia 30 de outubro de 2022.
Assinam o manifesto
- André Barroso
- Aroeira
- Bira Dantas
- Flávio Mota
- Genin
- Geuvar
- Guto Camargo
- Mário
- Milton
- Nei Lima
- Paulo Batista
- Santiago
- Ykenga