O bilionário garante que o uso de dados sintéticos gerados por IA pode ser o futuro.

Por Ketlyn Ribeiro, compartilhado de IGN Brasil

Há algumas semanas, especialistas apontaram que havíamos atingido o limite de dados de treinamento para inteligência artificial. Na esteira da popularidade do ChatGPT, muitas empresas tentaram imitar seus recursos, com empresas como Google, Apple e Meta trabalhando para oferecer assistentes de IA generativos. No entanto, a voz mais reconhecida do setor de tecnologia revelou que os dados para treinar modelos de IA não estão mais disponíveis e que uma solução é necessária com urgência.

Como aponta o site TechCrunch, Elon Musk afirmou que chegamos ao limite de dados do mundo real para treinar modelos de IA. No entanto, ele ressalta que essa situação não aconteceu agora, mas sim há alguns meses, ainda em 2024. Assim, Musk reforça as palavras de Ilya Sutskever, ex-cientista-chefe da OpenAI, que já havia indicado em 2022 que o setor havia chegado a uma situação que ele chamou de “pico de dados”. Portanto, o magnata apresentou uma solução temporária para treinar ainda mais os modelos de IA.RelacionadoGoogle Maps dos cabos submarinos: impressionante mapa interativo permite descobrir o esqueleto do mundo moderno

Para Musk, uma ótima opção é usar dados gerados pela própria inteligência artificial, um aspecto conhecido como “dados sintéticos”. Dessa forma, serão criadas cadeias de aprendizado de máquina, seguindo os passos de empresas como Microsoft, Meta, OpenAI e Anthropic, que já estão nesse caminho. De fato, algumas estimativas acreditam que, até 2024, 60% dos dados utilizados serão sintéticos, pois, além de tudo o que foi mencionado acima, haverá outras vantagens, como a redução de custos.

https://br.ign.com/ces-2024/118588/gallery/embedMesmo assim, algumas pesquisas sugerem que o uso de dados sintéticos poderia levar ao colapso de diferentes modelos, pois a criatividade seria reduzida e os vieses nos resultados aumentariam. De fato, se os dados gerados tiverem vieses ou limitações, os modelos treinados com eles reproduzirão esses mesmos problemas em seus resultados. No entanto, isso não parece ser uma limitação nem para Elon Musk nem para empresas como Microsoft, Google ou Anthropic, já que elas os usaram em modelos como Phi-4, Gemma e Claude 3.5 Sonnet.

*Texto adaptado e traduzido do site parceiro 3dJuegos.