China suspende cooperações com EUA

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Após visita de Nancy Pelosi a Taiwan, Pequim cancela colaboração em áreas como meio ambiente e defesa, e acusa Washington de minar sua soberania.

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Após a piora nas relações entre Pequim e Washington, acirrada pela viagem a líder da Câmara dos EUA a Taiwan, a China anunciou nesta sexta-feira (05/08) que decidiu encerrar uma série de cooperações entre o país e os Estados Unidos em áreas como mudanças climáticas, políticas antidrogas e parcerias militares.

Os chineses prometeram adotar uma série de medidas para punir os EUA pela visita de Nancy Pelosi à ilha, que Pequim considera parte deu território.

As ações tiveram início com uma série de exercícios militares realizados em seis pontos da costa taiwanesa, que devem prosseguir até o domingo. A Defesa de Taiwan disse que mísseis chegaram a ser lançados por sobre a ilha.

A China costuma tradicionalmente protestar contra o fato de a província autogovernada manter contatos com governos estrangeiros, mas a reação à visita de Pelosi atingiu níveis sem precedentes, inclusive com o corte nas relações em uma série de áreas consideradas de grande importância.

As duas nações mais poluidoras do mundo se comprometeram no ano passado a acelerar nesta década as ações pelo clima, com reuniões bilaterais regulares para lidarem juntas com a crise climática.

Com o agravamento das relações entre Pequim e Washington, que atingiram o nível mais baixo dos últimos anos, esse e outros acordos estão ameaçados.

O Ministério Chinês do Exterior anunciou que o diálogo entre os comandantes militares regionais e dos Departamentos de Defesa será cancelado, assim como as conversações sobre a segurança militar marítima.

Também estarão suspensas as cooperações para o retorno de imigrantes ilegais, investigações criminais, crimes transnacionais, assim como ações conjuntas contra as drogas.

Defesa da soberania

A China acusa o governo de Joe Biden de atacar sua soberania, embora o presidente não tenha autoridade sobre a viagem de uma líder do Legislativo.

As reações chinesas vieram antes do congresso do Partido Comunista da China, onde o presidente Xi Jinping deverá receber um terceiro mandato de cinco anos para lidera o governo.

Com a economia do país enfrentado dificuldades, o partido governista reforçou o tom nacionalista e passou a lançar ataques diários ao governo de Taiwan, que se recusa a reconhecer a província como parte da China, no intuito de solidificar o apoio da população.

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