Publicado em Alerta Social –
A união dos ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com o das Comunicações, em maio de 2016, irritou a comunidade acadêmica. Entre os 100 consultados, 84 se posicionaram de forma contrária à fusão.
Levantamento feito pelo jornal O GLOBO entrevistou 100 cientistas brasileiros sobre o cenário e as perspectivas da pesquisa no Brasil. Destes, 62 avaliam que o país está captando menos talentos internacionais do que em 2011. Para 21, esta realidade permanece inalterada. Apenas 13 acham que a ciência nacional está mais atraente para os de fora. Quatro não opinaram.
Com a crise econômica, os laboratórios brasileiros perderam força. Foram ouvidos cientistas renomados, como o físico Paulo Artaxo Netto, professor da USP e um dos pesquisadores brasileiros de maior influência no mundo, segundo a Thomson Reuters; o matemático Artur Ávila, único brasileiro a receber a Medalha Fields, considerada o Nobel da área; e os neurocientistas Jorge Moll, Suzana Herculano-Houzel e Stevens Rehen.
A união dos ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com o das Comunicações, em maio de 2016, irritou a comunidade acadêmica. Entre os 100 consultados, 84 se posicionaram de forma contrária à fusão.
Como já divulgamos aqui no Alerta, foram longas batalhas para criar e depois dar alguma organicidade ao Ministério da Ciência e Tecnologia, mas o governo Temer com essa medida conseguiu soterrá-lo, da mesma forma que está fazendo com a ciência.
Para a Academia Brasileira de Ciência (ABC), o esvaziamento dos cofres ficou evidente no fim do ano passado, em uma alteração da Lei Orçamentária Anual aprovada pelo Congresso. A medida criou uma nova fonte de financiamento que pode retirar até R$ 1,7 bilhão da verba que seria destinada a ciência, tecnologia e inovação. O titular do MCTIC, Gilberto Kassab, avalia que o Legislativo cometeu um “equívoco”, mas que a decisão não comprometerá o orçamento da pasta para este ano.
Veja matéria completa do O Globo aqui: http://glo.bo/2jqeA6f