“Colocaram arma na minha cabeça”, diz jornalista atacado por Carla Zambelli

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Luan Araújo declarou à Fórum: “Cheguei na esquina, vi que ela estava com a arma apontada para mim e disse para eu deitar no chão, como se fosse uma policial”

A bolsonarista Carla Zambelli de arma eu punho.Créditos: Reprodução/Twitter Antonio Neto

Por Lucas Vasques, compartilhado da Revista Fórum




jornalista Luan Araújo, de 32 anos, atacado por grupo armado composto pela deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) e seus assessores, no sábado (29), em São Paulo, afirmou que foi coagido pela parlamentar e teve uma arma apontada para sua cabeça.

Luan revelou à Fórum detalhes do que ocorreu. “Estava saindo do chá de bebê de um amigo meu, em uma hamburgueria. Fomos em direção ao carro do meu amigo, pois a gente ia para outro lugar para continuar a comemoração do chá de bebê. A gente avistou a Zambelli, saindo de um restaurante. Começou uma discussão, eu não sei se eles estavam me provocando por causa do boné do MST, mas falaram: ‘aqui é Tarcísio’ (referência ao candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas). Senti que era uma provocação e falei ‘vai tomar no seu c*’”.

“Durante a discussão, ela foi para cima daquele jeito que aparece nos vídeos e saí correndo pensando que ia apanhar, não levar tiro. Quando ouvi o tiro, fiquei apavorado e corri para tudo quanto é canto”, relatou o jornalista.

Luan contou que estava correndo e chegou em uma esquina. “Vi que ela estava com a arma apontada para mim e disse para eu deitar no chão, como se fosse uma policial. Fiquei mais apavorado ainda e corri para a lanchonete. Eles me acuaram, botaram a arma na minha cabeça e mandaram deitar no chão. Eu não deitei”.

De acordo com o jornalista, um assessor ou segurança da deputada tentou levá-lo ao banheiro para conversar. “Eu não quis conversar com ele. Eles falaram que eu ia ter que pedir desculpas, senão eu não ia embora, com arma na cabeça. Eu falei: ‘tá bom, desculpa. Deixa eu ir embora’. Aí a gente vazou”.

Advogado disse que Luan foi coagido a gravar um vídeo

O advogado de Luan, Renan Bohus, também em entrevista à Fórum, destacou as ameaças que o jornalista sofreu de Carla Zambelli e seus aliados e relatou que ele foi coagido a gravar um vídeo. “Ele não gravou e conseguir ir embora”.

“Encaminhei o Luan até a delegacia para poder noticiar esse crime. Pedimos investigação pelo crime de porte de armas e eventual crime de tentativa de homicídio. Pedimos, também, apreensão das armas, prisão em flagrante das pessoas envolvidas e a preservação das imagens do comércio local. Agora, nós vamos aguardar os desdobramentos dessas investigações para tomar as medidas judiciais cabíveis”, afirmou o advogado.

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