A jornalista Lygia Maria, colunista da Folha de S.Paulo, defendeu nas redes sociais, no último domingo (3), a morte em massa de iranianos. Em um ataque de xenofobia, ela descreveu os moradores do Irã como “malucos de toalha na cabeça”, se referindo aos keffyeh, usado pela população árabe.
Por Augusto de Sousa, compartilhado de DCM
Vale lembrar que os iranianos, do grupo étnico dos persas, são definidos como “um povo diferente” dos árabes, sendo que os lenços na cabeça não fazem parte das vestes culturais deles.
“Retire as mulheres, as crianças e os homens de verdade. Deixa só os malucos de toalha na cabeça fodendo as cabras e joga uma bomba atômica no Irã. É o único jeito”, escreveu no X, antigo Twitter.
Em conflito direto com Israel, o país persa é alvo de críticas devido ao rigor religioso, proibindo que mulheres saiam de casa sem o hijab, lenço feminino, sobre os cabelos.
No último fim de semana, uma iraniana foi abordada por descumprir a lei de vestimenta do acessório e, em protesto, desfilou apenas com as roupas íntimas em local público. Após a manifestação, ela foi presa, motivando a reclamação xenofóbica de Lygia.
Já nesta terça-feira (5), a colunista reclamou de seu “cancelamento” nas redes sociais: “Bom dia só para quem foi acusada de islamofobia”, escreveu no X, mencionando O Cafezinho, que iniciou a denúncia na internet, e a Articulação Judaica de Esquerda. Segundo ela, esses grupos “apoiam a teocracia misógina do Irã”.
Ainda alvo de críticas, Lygia afirmou que foi vencida pela “turba canceladora”, e que iria trancar a conta no Twitter. Minutos depois, o perfil dela já ficou indisponível com todos os posts sendo apagados, sobrando apenas os prints das opiniões preconceituosas.