Vejam só a que ponto chegou o nosso jornalismo. Leiam o acontecido com a professora de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense, Lúcia Capanema Alvares.
Sob o título “Guerra em família”, a colunista Raquel Faria, do jornal O Tempo, da Região Metropolitana de Belo Horizonte, publicou nota, em 29 de janeiro, segundo a qual uma “matriarca” da tradicional família mineira, teria lhe confidenciado “estar sendo renegada” pela filha petista. A colunista conclui que “a divisão política no país vai quebrando laços afetivos”, na tentativa de culpabilizar a petista e seu partido por destruírem a tradicional família mineira. Mas, Lúcia rebate, afirmando que “a animosidade, entre ela e a mãe, já dura mais de quarenta anos. Portanto, antecede a fundação do partido, não tem cunho político e deveria ter se mantido na esfera privada”.
Lúcia, que não mora em Minas, questionou a jornalista por e-mail, já que esta não havia checado as informações improcedentes.
“A resposta da jornalista foi surpreendente e contrária aos seus dizeres na página do Facebook: “AQUI É TUDO VERDADE! MAS SE HOUVER ERRO A GENTE CORRIGE. No e-mail, ela responde que não vai ‘ficar checando vida familiar’. Mas se é vida familiar, o que a história faz na coluna de política do jornal?”