Com 5,2 milhões de casos, mundo tem pior semana da pandemia

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Compartilhado de DW – 

OMS afirma que o planeta bateu recorde de novas infecções pelo coronavírus em sete dias, na oitava semana consecutiva de aumento no número. Brasil é o país com mais mortes na última semana.

Pessoas de máscara aguardam sentadas em centro de vacinação na ÍndiaA Índia é o país que registrou mais casos de covid-19 na última semana: 1,5 milhão

O mundo viveu a semana com o maior registro de infecções pelo coronavírus desde o início da pandemia, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira (19/04). Foram 5,2 milhões de casos oficialmente contabilizados nos últimos sete dias.




Esse número é 14,16% maior que o registrado na semana anterior, marcando assim o oitavo aumento semanal consecutivo no número global de novas infecções, segundo a OMS. O recorde anterior era da semana que começou em 4 de janeiro de 2021, quando foram confirmados 5,04 milhões de casos.

A alta é puxada pela Índia, que voltou a registrar taxas crescentes de contágio. O país asiático contabilizou mais de 1,5 milhão de novos casos nos últimos sete dias. Em seguida vêm os Estados Unidos, com mais de 471 mil casos confirmados na última semana, e o Brasil, que reportou à organização mais de 455 mil novas infecções.

Por sua vez, a cifra de mortes ligadas à covid-19 cresceu pela quinta semana seguida no mundo, totalizando 83 mil óbitos em sete dias, um aumento de 7,98% em relação à semana anterior. Com 20 mil mortes em uma semana, o Brasil lidera a lista, seguido por Índia (8,5 mil) e EUA (5 mil).Volume 90%

A triste marca de 3 milhões de mortos na pandemia

“Demorou nove meses para chegarmos a 1 milhão de mortes, quatro meses para chegarmos a 2 milhões, e três meses para chegarmos a 3 milhões”, lamentou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, lembrando a triste marca que o mundo atingiu neste fim de semana.

“Números grandes podem nos deixar insensíveis”, afirmou ele, em coletiva de imprensa. “Mas cada uma dessas mortes é uma tragédia para famílias, comunidades e nações.”

Agora, mais de um ano após o início da crise, “possuímos as ferramentas para ter essa pandemia sob controle em questão de meses, se as aplicarmos de forma consistente e equitativa”. Essas ferramentas incluem medidas de proteção como o distanciamento social, o uso de máscara e a devida higienização das mãos, juntamente às campanhas de vacinação em massa.

A OMS vem apelando repetidamente para que os países ricos compartilhem suas vacinas contra a covid-19 com as nações mais pobres. Em média, uma em cada quatro pessoas já foi vacinada contra o coronavírus nos países desenvolvidos, enquanto nos países mais pobres apenas uma em cada 500 pessoas recebeu doses do imunizante, segundo a organização.

Jovens e adultos afetados

O chefe da organização alertou ainda para um aumento no número de contágios e hospitalizações entre pessoas de 25 a 59 anos de idade, que disse ser particularmente preocupante.

Essa alta pode ser atribuída às novas variantes mais contagiosas do vírus, e também ao fato de haver mais contato social entre pessoas dessa faixa etária, afirmou Tedros.

O alerta foi reforçado por uma importante epidemiologista da OMS, Maria van Kerkhove, na mesma coletiva de imprensa. Diferentemente do início da pandemia, quando os idosos foram mais afetados, hoje “vemos taxas de transmissão crescentes em todos os grupos de idade”, disse. “Há uma ligeira mudança de idade em alguns países, impulsionada pelas reuniões sociais.”

Ao todo, mais de 141 milhões de casos de coronavírus foram oficialmente reportados à OMS desde o início da pandemia, incluindo mais de 3 milhões de mortes em decorrência da doença. Até esta segunda-feira, 792 milhões de doses de vacinas haviam sido aplicadas no mundo.

ek (DPA, Reuters, ots)

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