ESPORTE
– Por Duda Lopes – São Paulo para Máquina do Esporte
O futsal mostrou uma alternativa para minimizar o risco de termos elefantes brancos espalhados pelo Brasil pós-Copa com a realização do amistoso Brasil x Argentina, no domingo.
Em vez de lutar por jogos da Série A do Brasileirão, há a possibilidade de se criar eventos com maior apelo de público. Com 56.483 pagantes, o amistoso do futsal teria registrado o maior público do torneio de futebol na atual temporada.
Os presentes no Mané Garrincha geraram uma bilheteria de R$ 800 mil. O tíquete médio baixo, de R$ 14, já entrega o primeiro segredo. Mas foi o inusitado, com o futsal no estádio, o que mais chamou a atenção, como explicou à Máquina do Esporte Fellipe Drommond, sócio-diretor da TFW, organizadora do evento.
“Com a grandeza do evento, nós convencemos a Globo a fazer a transmissão. Depois, foi tudo mais fácil”, disse o executivo, que teve no retorno do ala Falcão à seleção o seu grande trunfo esportivo, além do apelo da partida dentro do estádio.
O evento já tinha a parceria de transmissão do Sportv e o patrocínio máster dos Correios. Com a Globo, atingiu maior visibilidade e, claro, interesse por parte das marcas. A emissora carioca ancorou o programa Esporte Espetacular de dentro do estádio.
A partir disso, a TFW criou dez cotas para publicidade em campo. Vendeu todas. De graça, somente a Chevrolet e a Pulse, que tinham a presença garantida graças ao patrocínio à confederação de futsal. A agência só não revela o quanto faturou com esses patrocínios.
A própria administração do Mané Garrincha admite que a fórmula deve ser repetida no futuro. Em comunicado, a gestora do estádio diz se preparar para receber eventos de vôlei e basquete. Pode não ser suficiente para tornar o local sustentável, mas é certamente uma alternativa no atual cenário esportivo do país.