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Escola apostou no humor em um desfile repleto de críticas a políticos, malandros e terraplanistas
A São Clemente trouxe para a Sapucaí nesta segunda-feira 24 um desfile bem humorado abordando temas como fake news, corrupção e política brasileira, no segundo dia de desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro.
O humorista Marcelo Adnet, coautor do samba-enredo “O Conto do Vigário”, apareceu em um dos carros alegóricos imitando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em tom de deboche. O artista inclusive parodiou o ex-militar fazendo flexões de braço e poses de arma com as mãos.
Houve também frases como “A Terra é plana” e “Acabou a mamata”, utilizadas por alguns apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais.
O deboche do Adnet no desfile da São Clemente, o nome da fantasia, o berro do Milton Cunha… não sei o que é melhor nesse vídeo #Globelezapic.twitter.com/Wiz7jw2KQy
— BCharts (@bchartsnet) February 25, 2020
A bateria da São Clemente veio fantasiada de laranja, uma referência a candidatos laranja do PSL, ex-partido de Bolsonaro. O samba traz o verso “Tem laranja! Na minha mão, uma é três e três é dez!”.
Com alvo nos políticos, a escola criticou desde o “caçador de Marajás” e ex-presidente Fernando Collor até candidatos que compram votos em cidades pobres.
O desfile também mostrou o “jeitinho brasileiro” e trambiques, citando malandro vendendo terreno na Lua. Parte do samba ainda menciona notícias falsas: “Brasil, compartilhou, viralizou, nem viu! E o País inteiro assim sambou “Caiu na fake news!”.
Circo na Salgueiro
Com o samba-enredo “O Rei Negro do Picadeiro”, a Salgueiro homenageou Benjamin de Oliveira, o primeiro palhaço negro do Brasil. Baseado no universo circense, o desfile destacou a importância dos negros para a cultura nacional, trazendo em seus carros artistas como Negra Li, Ailton Graça e Hélio de La Peña.