Com Freixo e Dino, PSB se une a Lula por aliança com centro-direita

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Por Manuela Dorea, compartilhado do Blog da Cidadania – 

A filiação do governador do Maranhão, Flávio Dino, e do deputado Marcelo Freixo ao PSB, nesta terça-feira, 22, foi marcada pela defesa de uma “frente amplíssima” para derrotar o presidente Jair Bolsonaro, na eleição de 2022. A entrada da dupla fortalece o movimento pela aliança do PSB com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, articulação que preocupa o candidato do PDT ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes.

Foto: Reprodução/Twitter Marcelo Freixo

Dino deixou o PCdoB e deve concorrer ao Senado. Freixo, por sua vez, saiu do PSOL e pretende disputar o governo do Rio. A entrada da dupla nas fileiras do PSB representa mais um passo na direção de um acordo com Lula, embora haja resistências no partido, principalmente por parte do prefeito de Recife, João Campos. O filho de Eduardo Campos, governador que morreu num acidente aéreo, em 2014, se aproximou de Ciro durante a campanha municipal do ano passado.

No ato político de filiação ao PSB, Dino disse ser necessária uma frente de partidos que ultrapasse as fronteiras de esquerda para impedir a reeleição de Bolsonaro e o agravamento da crise, que, nas suas palavras, não se resume apenas à pandemia de covid-19. “Mas o PT, sozinho, não dá conta do desafio”, afirmou ele. “A conjuntura não comporta uma abordagem narcisista. Se houver exclusivismo, esse é o caminho da derrota”.




No diagnóstico do governador do Maranhão, Ciro tem cometido “erros” ao querer se apresentar como um nome de centro. “Isso não se coaduna com as suas ideias, com a sua trajetória”, observou. Nos últimos meses, o pré-candidato do PDT vestiu o figurino do anti-Lula e agora também tenta abocanhar votos dos evangélicos. “Parece alguém numa loja procurando uma roupa que não serve”, emendou Dino.

O movimento no PSB tem tudo para isolar Ciro. Mesmo assim, tanto o governador como Freixo destacaram que é preciso deixar “uma porta aberta” para o PDT. “Essa eleição será a mais importante porque poderá ser a última. Nossa democracia está em risco e precisamos admitir isso”, disse Freixo. “É um plebiscito entre aqueles que querem a continuidade da democracia e um projeto de extermínio nacional”, definiu Dino, para quem a frente “amplíssima” deve incluir até mesmo “liberais progressistas”.

“O que assistimos ontem (anteontem) contra uma jornalista é inaceitável porque a liberdade de imprensa é condição ‘sine qua non’ da democracia. Um presidente que é incapaz de dialogar com a imprensa não pode continuar”, disse Siqueira.

Nesta segunda-feira, 21, Bolsonaro mandou uma repórter da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo, calar a boca. Não é a primeira vez que o presidente age assim. A reação agressiva de Bolsonaro sempre vem à tona quando jornalistas lhe dirigem perguntas sobre assuntos que ele não quer responder.

Estadão  

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