Por Washington Luiz de Araújo, do Brasil 247 –
Eles saem para as ruas para xingar a presidenta da República, esbravejar contra a minha preferência política e ainda querem ditar a cor da roupa que devo usar? Nada feito. Como dizia o famoso samba do Zé Keti “podem me prender, podem me bater, podem até deixar-me sem comer, que eu não mudo de opinião”.
Outro dia, lembrei no facebook sobre o período antes da Copa do Mundo, que não haveria, quando tentaram impedir que usássemos a bandeira do Brasil, pois isso significava ser comunista, esquerdista bandido. Onde já se viu torcer por uma Copa no nosso próprio país e sair por aí vestido de verde e amarelo?
Pois é, durante a Copa, que foi um grande sucesso de organização, apesar do reultado acachapante de sete a um, fruto da desorganização tática do Felipão, eles foram para os estádios que não iam ficar prontos. E de lá, do alto de seus camarotes com assentos almofadados, devidamente paramentados de verde e amarelo e, pasmem, com bandeiras auriverdes, bradaram o VTNC presidencial, vaiaram o hino nacional do Chile e se lembraram , a cada intervalo entre uma grosseria e outra, que eram brasileiros com muito orgulho, com muito amor. Agora, a bandeira brasileira está na moda, deles. E nós, os esquerdistas “comedores de criancinhas” nem podemos chegar perto do lábaro estrelado se estivermos ostentando alguma peça vermelha no vestuário (cueca talvez, se passar enrustida).
Portanto, sobre a minha indumentária, digo: utilizo vermelho, sim, senhores golpistas, pretensos ditadores de moda e de outros quesitos muito mais sérios. Assim como uso azul, amarelo, preto, lilás, rosa choque, o que eu quiser. Só nao vou em suas “educadas e pacíficas” manifestações. Ainda mais vestido de vermelho. Sou louco? Ah, e só não vou sair pelado por aí, como algumas beldades acharam melhor se manifestarem no dia 15, pois tenho pudor e sei das minhas precárias limitações físicas.