Publicado no Blog da Cidadania –
O Blog recebeu, de fonte que não quer ser identificada, um calhamaço de documentos contendo informações bombásticas – algumas, já conhecidas. Há acusações pesadíssimas contra figuras importantes da república. Algumas dessas acusações são de caráter pessoal e não envolvem condutas lesivas ao interesse público.
Esse material consta do inquérito físico do mensalão tucano e já houve vazamentos seletivos em 2012, quando reportagem da revista Veja afirmou que o dito operador do “mensalão do PT”, Marcos Valério, em entrevista da qual ninguém jamais ouviu a gravação além da revista, teria acusado o ex-presidente Lula de ter se encontrado consigo e de ser o “chefe” do mensalão.
Abaixo, trecho da matéria de capa da edição 2287 da revista Veja, datada de 19 de setembro de 2012
“(…) Feita com base em revelações de parentes, amigos e associados, a reportagem de capa de VEJA desta semana reabre de forma incontornável a questão da participação do ex-presidente Lula no mensalão. “Lula era o chefe”, vem repetindo Valério com mais frequência e amargura agora que já foi condenado pelo STF (…)”
O material enviado ao Blog contém reprodução de gravações do inquérito 3530 da PF que mostram que dificilmente Marcos Valério poderia ter feito acusações a Lula na entrevista à Veja, porque, naquele momento, já sabia que fora grampeado em reunião com vários envolvidos no mensalão tucano, reunião na qual inocentou Lula e José Dirceu de qualquer participação no esquema do mensalão.
Para entender a origem do material, reproduzo, abaixo, trecho do manual que o acompanha.
“(…) Aí estão os principais arquivos do Inquérito 3530 da Polícia Federal, que gerou a Ação Penal 536 (Mensalão Tucano), com base na qual o Procurador Geral da República – Rodrigo Janot –, pediu quase 23 anos de prisão para Eduardo Azeredo (…)”
Este Blog acredita ter razões para divulgar, neste momento, trecho de material que circulou parcialmente na internet em 2012. Refere-se a trecho de gravações clandestinas feitas por Joaquim Engler, advogado de Cláudio Mourão, ex-tesoureiro de campanha do ex-senador e ex-presidente do PSDB Eduardo Azeredo, pivô do mensalão tucano.
No trecho em questão, Valério inocenta Lula e José Dirceu de qualquer responsabilidade pelo mensalão do PT.
A degravação foi feita por Engler em 19 de outubro de 2011