Por Fernando Brito, publicado em O Tijolaço –
Nélson de Sá, na Folha hoje, resume os “conselhos” do Financial Times, com grifo meu:
No “Financial Times”, com uma foto de plataforma da Petrobras, acima, “Investidores estrangeiros sustentam o Brasil a atravessar recessão”.
É que, “comparado com outros países, o Brasil tem recebido bastante investimento porque tem um monte de ativos à venda”, afirma um analista do Bank of America Merrill Lynch. E eles estão “baratos”, acrescenta um analista do Goldman Sachs.
O “FT“ destaca, entre eles, os “desinvestimentos forçados” pela Operação Lava Jato na Petrobras e na Odebrecht. E avisa que “a próxima na fila para a venda de ativos é a JBS”.
Acrescenta porém que parte dos supostos investimentos é empréstimo das empresas para as suas próprias subsidiárias no país, “efetivamente negócios cambiais que visam tirar proveito das altas taxas de juros do Brasil”.
E vem mais por aí. Segundo a agência Reuters, citando fontes anônimas, o governo anunciará novas regras para a mineração no Brasil, que “aumentarão o limite de participação de empresas estrangeiras em empreendimentos no país, hoje em 40%”.
É preciso mais para nos sentirmos os “otários do mundo”?
Na reportagem, um gestor de u=investimentos diz que as inversões estrangeiras destinadas negócios produtivos é de 20 a 25%. O resto, mais de 75%, apenas para nos sugar financeiramente.
E as elites brasileiras reclamam que “a coisa está indo devagar demais” e é preciso romper entraves burocráticos e judiciais para vender tudo mais rápido ainda.
É o Brasil na xepa, apregoado por senhores muito distintos, em ternos de Miami, que, em nome da moralidade, praticam o ato mais imoral para alguém: trair seu próprio país.