Confederação Nacional da Indústria também cobra juros mais baixos

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Presidente da CNI critica a política do BC e pede “outra visão da economia brasileira” à direção da instituição, comandada por Roberto Campos Neto

Por Carlos Vasconcellos, compartilhado de SeebRio




Na foto: O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, também criticou a atual política de juros altos do presidente do BC, Roberto Campos NetoFoto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Além dos trabalhadores, lojistas, donos de concessionárias, o setor industrial também cobra do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a redução nas taxas de juros no Brasil, as mais altas do mundo.  O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, disse nesta terça-feira (20) à imprensa, que “não há nenhuma atividade econômica que possa pagar os juros cobrados hoje” no país. O industrial criticou o custo do crédito e pediu ao BC “uma outra visão da economia brasileira”, numa clara crítica à atual gestão de Campos Neto a frente da instituição que tem a “autonomia” para decidir sobre as políticas de juros e cambial. A declaração acontece no mesmo dia em que o Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne para definir a Selic, taxa básica dos juros, encontro que terá prosseguimento na quarta-feira (21) 

Chega de sabotagem

A grande mídia informou que o presidente do BC deverá manter o índice da Selic nas alturas, nos atuais 13,75% ao ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, almoçou com Campos Neto. No cardápio, a tentativa do chefe da equipe econômica do governo Lula de convencer o presidente do BC que há ambiente  para redução dos juros já na decisão desta semana.

“O próprio mercado sinaliza para uma queda da inflação, o dólar está em baixa e a bolsa tem subido, prevendo a também uma queda dos juros. Só a manutenção da sabotagem do Campos Neto explicaria a manutenção dos juros nas alturas”, criticou a vice-presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio, Kátia Branco.

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) alterou de “estável” para “positiva” a perspectiva da economia brasileira. A empresa de consultoria divulgou na quarta-feira (14) que desde 2019 não ocorria uma melhora na classificação de risco no país, tendo o índice estagnado nos quatro anos do governo anterior. O anúncio do chamado “arcabouço fiscal” pela equipe econômica do governo e o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) acima do esperado pelo mercado, são apontados como explicações para a melhora nos indicadores da economia.

Nesta terça (20), o movimento sindical realizou novos protestos em todo o país contra os juros altos e pedindo a renúncia de Campos Neto. 

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