Com apenas 26 anos, Bia conquistou sua primeira medalha olímpica no judô feminino +78kg durante os jogos de Paris 2024.
Compartilhado de NINJA Esporte Clube
Por Valéria Oliveira, para Cobertura Colaborativa Paris 2024
Natural de Peruíbe, cidade do litoral sul de São Paulo, Beatriz Souza começou a praticar judô aos sete anos, sendo a única de três irmãs a seguir os passos do pai no judô. Mudou-se para Paulo aos 15 anos tendo como objetivo aprimorar a prática no esporte, e competir.
Em sua entrevista pós luta, relembrou a importância de sua representatividade de milhares de mulheres brasileiras.
“Pretas e pretos do mundo todo, acreditem. As vezes a gente acha que pode tá pagando muito caro mas vale cada centavo quando a gente conquista o que a gente quer”Bia Souza, medalhista de ouro.
Enfrentando uma rotina absolutamente diferente, numa cidade maior, nova e cheia de desafios, encarou cada um deles – incluindo a rotina de acordar diariamente às 4 da manhã para chegar à escola às 7h, e de lá correr para o clube e treinar até a noite – com resiliência.
O resultado veio: chegou ao quarto lugar do ranking, acumulou títulos e reconhecimento, e em Paris 2024 chegou a sua primeira Olimpíada.
Beatriz foi eleita a melhor judoca do ano pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). E para completar, faturou o ouro no Grand Prix de Linz, na Áustria, primeira competição que disputou em 2024, e levou o ouro no Pan do Judô 2024.
A atleta ficou muito próxima de disputar os Jogos de Tóquio 2020, mas perdeu a vaga para a experiente Maria Suelen Altheman, que se aposentou aos 34 anos. No entanto, o mundo deu voltas e hoje, Altheman é treinadora de Beatriz no Clube Pinheiros. Beatriz Souza foi eleita a melhor judoca de 2023 no Prêmio Brasil Olímpico, e subir aos pódios já virou rotina.
Bia chegou a final olímpica após uma trajetória tecnicamente impecável durante as fases de classificação, e conquistou a primeira medalha ouro do Brasil nos Jogos de Paris ao derrotar uma adversária israelense.